O que é preciso melhorar no estabelecimento comercial para atrair clientes? Quais investimentos são mais assertivos para ampliar o lucro: layout, diversidade de produtos ou amplo estoque? Que inovações implantar para se aproximar de seus consumidores? Quais as tendências de consumo que permanecerão no pós-pandemia? Essas são dúvidas frequentes na mente dos empreendedores do segmento de confecção, que desejam ampliar seus negócios e precisam direcionar os recursos.

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Mas antes de aplicar o capital em medidas empíricas é necessário analisar se determinada ação resultará nos reflexos esperados. Planejamento e avaliação de mercado são fundamentais antes da tomada de decisão. Afinal, ninguém pretende “rasgar dinheiro” em período de estagnação econômica provocada pela crise sanitária da covid-19.

Na busca por conhecimento e inovações para sua loja, a proprietária da Beeee Kids e Teen Ivanete Martarello Sampaio, de Xanxerê no oeste catarinense, participa do Projeto Agentes Locais de Inovação (ALI), do Sebrae/SC.

— Estava em busca de algo novo e de medidas para implantar na empresa. Conheço a atuação e o compromisso da entidade para com os pequenos negócios, pois já participei de vários cursos. Quando soube desse programa fui atrás para ingressar porque sabia que seria maravilhoso — relata.

Para a empreendedora, o Projeto ALI veio na hora certa para impulsionar a adoção de estratégias de inovação para a manutenção dos negócios.

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— Foi muito importante participarmos nesse momento porque recebemos sugestões de como fazer e de como agir, além de incentivo para não desanimarmos. Com o projeto aprendemos ferramentas importantes para o desenvolvimento da empresa, pois muitas vezes pensamos que é preciso alterar condições de pagamento ou oferecer descontos para ter mais movimento. Porém, com essa metodologia vislumbramos novos meios para verificar o que realmente precisamos fazer — comenta.

Ivanete explica que a loja trabalhava com o delivery e com condicional antes da pandemia e pode incrementar o serviço e manter as vendas.

— Com as entrevistas e conversas com as clientes percebemos a importância de resgatar uma iniciativa antiga que é de inserir um bilhete com palavras de ânimo e carinho com a entrega dos produtos. Uma alternativa para termos proximidade em um período que todos precisam de atenção especial e não podem se reunir ou fazer outras atividades que estávamos acostumadas — explica.

A loja também impulsionou sua presença nas redes sociais, com incremento de publicações/postagens e aperfeiçoamento das fotografias dos produtos, o que tem trazido resultados, segundo a empresária.

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PLANEJAMENTO

Conforme a bolsista pelo CNPQ, Aline Pompermayer – que acompanha a implantação das metodologias na empresa – a loja de produtos infantojuvenil foi afetada com a pandemia, pois as mães passaram a comprar apenas o essencial. Mesmo com esse reflexo atual das escolhas do público-alvo, os levantamentos realizados no projeto apontaram para outra direção.

— A aflição das mães é não encontrar tudo o que precisam em apenas um local. Então, a proposta futura é de trabalhar com calçados e acessórios de linhas especiais. Essa ideia está sendo estruturada por meio de modelos de receitas e canais de venda — antecipa.

— Estou bem feliz com os resultados na empresa. Saímos do comodismo, fomos em busca de opiniões e aos poucos realizamos as mudanças. Elaboramos um planejamento com propostas para o futuro e outras ações que implantamos e têm dado certo. Temos muito a agradecer e parabenizo o Sebrae por nos proporcionar um programa tão maravilhoso, que oportuniza conhecimento e maneiras para trabalharmos — conclui.

PARCERIA

A execução do Projeto ALI no município conta com apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Xanxerê.

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— Nossa parceria é de longa data. Sempre tivemos muito apoio para a entidade e, principalmente, para nossos associados. Uma das principais evidências disso é o Projeto ALI, que tem por objetivo promover a inovação através de um olhar externo, sendo esse o principal diferencial, pois muitos gestores têm dificuldade de projetar mudanças por estarem imersos dentro do próprio negócio — comenta o presidente da CDL Xanxerê Juliano Marció.

Conforme o dirigente, o Sebrae conseguiu superar barreiras com um projeto ágil, dinâmico e com fundamentos de uma consultoria profissional, que gera resultados concretos.

— Estamos satisfeitos com as repercussões geradas aos associados e a todo o comércio Xanxerense — ressalta.

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