Quepes militares de diversos países, brinquedos que fizeram sucesso na década de 1980 e relógios antigos de diferentes tamanhos dividem espaço no acervo do Colecionador 123, loja de Balneário Camboriú que compra, vende, troca e restaura coleções.
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Confira galeria de fotos com acervo do Colecionador
O conceito foi inspirado em programas da TV fechada como o Restaurador de Relíquias e o Trato Feito, do canal History Channel. Em meio à badalação de Balneário, a ideia é resgatar a magia e a utilidade de objetos antigos, repletos de valor sentimental.
– É uma forma de guardar a história, e isso faz parte da gente – diz Élio Vitiuk, dono da loja e colecionador assumido.
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Professor universitário, Élio gosta de colecionar desde a infância. Mas foi 25 anos atrás que começou a levar a sério o hobby, colecionando relógios antigos e chapéus.
Após a aposentadoria, ele deixou Curitiba (PR) para viver em Barra Velha, onde mora até hoje. Depois de um ano de descanso, achou que era hora de voltar à ativa – e percebeu que as coleções seriam um bom negócio.
Raridades
Hoje, o acervo de Élio conta com objetos como uma Bíblia de 1896, impressa em Portugal, e uma bola autografada por Pelé, que, segundo o vendedor, teria sido assinada pelo ídolo no voo de volta para casa após o tricampeonato na Copa de 1970. Há ainda um capacete original da 2ª Guerra Mundial, que pertenceu ao Exército Britânico.
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Os preços variam de R$ 1, para cédulas antigas, até R$ 8 mil, valor de um quadro que pertenceu ao próprio Élio. Mas, apesar da variedade, a procura ainda é pequena. A maior parte das negociações é a compra de objetos – como a bicicleta dos anos 70 oferecida na sexta-feira por Marcelo Raiol, 34 anos, ao Colecionador.
– Acho a loja o maior barato. Toda vez que vejo os programas na TV, lembro que temos uma loja parecida aqui – diz Marcelo.
Entre os objetos do acervo, porém, há pelo menos dois dos quais Élio não abre mão: o primeiro relógio de pulso que comprou, e um relógio de parede com a moldura azul, que era da casa dos pais dele.
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Restauro e customização também têm espaço
O interesse pelas peças antigas fez com que Élio Vitiuk aprendesse a avaliar e restaurar os objetos. Na lista de trabalhos concluídos está uma máquina de costura antiga, que voltou a funcionar pelas mãos do colecionador – e, entre os projetos atuais, a transformação de antigos castiçais em luminárias.
– Nosso trabalho é diferente de um antiquário. Vendemos coleções e objetos customizados.
Élio produz quadros com os objetos antigos e também frigobares exclusivos, que ganham plotagens lembrando a década de 60. Além das peças compradas ou deixadas pelos clientes em consignação, o colecionador também trabalha com objetos resgatados nas viagens que faz ao interior do Estado.
– Aqui eu compro, vendo e conto a história das peças. Entro de manhã e saio à noite, feliz da vida – diz o colecionador.
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