A Wetzel, tradicional fabricante de autopeças de Joinville, entrou ontem com pedido de recuperação judicial na 4ª Vara Cível do Fórum de Joinville. O processo tem o número 0301750-45.2016.8.24.0038. Expressiva queda de vendas, endividamento grande e retração no mercado automotivo são alguns dos motivos.
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A empresa já vinha com dificuldades financeiras há alguns anos. Chegou a contratar uma consultoria para redefinir a estratégia de negócios. Antes, tinha alugado as instalações de planta fabril no Centro de Joinville para a Católica de Santa Catarina instalar seu centro universitário. Depois, a Wetzel instalou a fábrica dentro do complexo Perini Business Park.
Dados
O número de recuperações judiciais requeridas no País subiu 29,7% em janeiro de 2016 na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi o que mostrou o indicador Serasa Experian de falências e recuperações. No primeiro mês do ano, houve 96 ocorrências. Um ano antes, foram 74.
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Chinesa avalia Joinville
A montadora chinesa JAC Motors avalia a construção de uma fábrica de caminhões leves em Santa Catarina ou no Rio Grande do Sul. A primeira conversa com representantes de Santa Catarina e da empresa ocorreu no dia 25 de janeiro. Na ocasião, participaram o diretor Runs Yuan, uma gerente comercial da JAC e técnicos da Secretaria da Fazenda do Estado, além do secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Carlos Chiodini.
Parceiro comercial
O auditor fiscal Renato Lacerda explica que os chineses querem um parceiro comercial local no negócio. Em março, vão voltar para nova rodada de negociação e avaliar áreas entre Joinville e Itajaí, portos e o Perini Business Park. A ideia do grupo asiático é, na fase inicial, montar caminhões leves e, em até dois anos, construir fábrica. A Fiesc entregou a ele documento com detalhado estudo sobre o setor automotivo catarinense e fatores como qualidade de mão de obra e logística.
Outras tentativas
Esta não é a primeira vez que uma empresa chinesa do segmento automobilístico prospecta no Estado. Já estiveram por aqui Geely, Haval, BAC e Changan.
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Mais cortes
Até março, a Prefeitura de Joinville vai fazer corte nada desprezível no número de comissionados. A decisão já está tomada e é consequência de forte redução de receitas, em contraposição ao crescimento vegetativo da folha salarial. O município já ultrapassou o limite prudencial com este tipo de gasto, que é de 51,3% da receita corrente líquida.
O valor já se aproxima, perigosamente, dos 54%, o que caracterizaria infração à Lei de Responsabilidade Fiscal. As secretarias e órgãos municipais estão mapeando onde é necessário cortar. Extraoficialmente, fala-se que a tesoura poderá ser de 15% a 20% do total de cargos de confiança.
No semestre passado, o ataque às despesas públicas exigiu cortes de R$ 60 milhões, com diversas ações. Pastas variadas sofreram com a tesoura afiada. A despesa com pagamento dos servidores soma R$ 65 milhões por mês.
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Serviço
A partir do dia 10, uma unidade do Sesi Farmácia entrará em funcionamento no condomínio empresarial Perini Business Park, em Joinville.
Hands
O executivo Nelson Mattos assume posição no comando da Hands, empresa que faz parte dos ativos da e.Bricks, braço de investimento digital do Grupo RBS. A empresa tem entre seus clientes a Coca-Cola, Vivo, Oi, Sony, Dell, Dove, Nike e Subway. Mattos é o brasileiro que ocupou o mais alto cargo no Google, onde foi vice-presidente de engenharia e produtos para Europa e mercados emergentes.
Lotado
Há 400 inscritos para palestra de Leandro Karnal, na Acij, no dia 15. Serão colocados telões para acomodar mais pessoas interessadas em assistir à apresentação do cientista político.
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Contra o desperdício
O presidente da Águas de Joinville, Jalmei Duarte, viaja hoje para São Paulo. Vai a Limeira e, no dia seguinte, a Campinas. Nos dois municípios, irá conhecer os modelos técnicos e práticas adotadas pelas operadoras de água e esgoto para a redução de perdas. Em Limeira, o desperdício é de apenas 14,5%, e na cidade vizinha, de 19,2% em relação ao total produzido. Joinville, por sua vez, alcança quase 50% de perda.
Giro
O BNDES apresentou proposta de linha de crédito para capital de giro direcionada a empresas que faturam até R$ 360 mil por ano. Estão nessa faixa 78% das microempresas brasileiras. O objetivo é que no final de fevereiro estejam disponíveis empréstimos com taxas de até 18% ao ano. Os empréstimos dessa linha teriam garantia de 80% do fundos garantidores (FGI, FGO e Fampe) e teto anual de R$ 30 mil.
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