Em 15 de outubro de 1827, o então imperador dom Pedro 1º editou decreto criando escolas de ensino de “primeiras letras” em todas as povoações, vilas e cidades do País, como forma de viabilizar aprendizado mínimo a uma população iletrada. Naquele começo, já havia simbolismos: a posição nos bancos escolares indicava o estágio de aprendizagem e não a formação de grupinhos homogêneos de amigos. E nem significava que o “fundão” era dos bagunceiros, e as primeiras fileiras, dos superaplicados.
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A tecnologia da época para ensinar era uma mesa de areia que fazia as vezes de lousa. Cartazes sobre os números e o alfabeto eram pregados na parede, dispensando cadernos. Escrevia-se sobre areia molhada. Meninas passaram a frequentar escolas.
O comportamento das professoras tinha de ser irrepreensível. Elas tinham de dar bons exemplos de conduta, e o magistério se tornou profissão feminina. No mesmo ano, foram criadas as faculdades de Direito de São Paulo e de Olinda, em Pernambuco.
Desde então, se passaram 189 anos, e a qualidade de nível de educação continua na pauta de educadores e governantes.
Agora, há no máximo uma década, bem mais recentemente do ponto de vista histórico, até empresários enxergam a educação como fator decisivo para o desenvolvimento social e econômico. Estão de olho na capacidade de extrair profissionais sintonizados com a moderna tecnologia, que cada vez mais exige conhecimentos especializados.
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Em meio a contextos mutantes, o que se observa, na atualidade, é um quase absoluto desgarramento entre ofertas de ensino e instrução, com as necessidades e demandas de uma sociedade em transformação para um mundo absolutamente tecnológico.
Claro que há – e em Joinville mesmo -, ambientes de educação formal bem qualificados. Tanto em algumas escolas privadas, como em escolas municipais. Umas e outras – minoria de um conjunto vasto de unidades escolares, é verdade – conquistaram, neste ano, reconhecimentos nacionais de excelência.
O mais preocupante é como a profissão do professor é percebida. Um dado saído de recentíssima pesquisa da Fundação Carlos Chagas revela o empobrecimento dos espíritos em relação ao futuro dos saberes. O dado: só 2% dos estudantes de ensino médio, em todo o País, querem cursar Pedagogia ou curso de licenciatura para ser professor. Neste dia 15 de outubro, Dia do Professor, cabe perguntar: que sociedade vamos ter daqui a uma geração?
Melhorias no aeroporto
Equipamento RNAV entrou em operação no Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola, em Joinville, na quinta-feira. Na prática, vai permitir que os pilotos dos aviões operem, de noite, após o pôr do sol, por instrumentos na cabeceira 15, mesmo quando o vento dificultar a aproximação e o pouso na pista 33. A pista 15 é aquela que fica próxima ao rio Cubatão. A 33 é a que habitualmente é usada quando o avião vem pela baía da Babitonga.
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O ganho operacional obtido com o RNAV, dá mais segurança de voo aos pilotos. E é, no entendimento de profissionais familiarizados com o assunto, o maior avanço do aeroporto, depois da instalação do ILS. Mesmo em períodos de crise, o número de passageiros que embarcaram e desembarcaram no aeroporto de Joinville aumentou 0,5% nos nove primeiros meses deste ano, na comparação com janeiro-setembro de 2015. Aproximadamente 350 mil pessoas passaram pelo Lauro Carneiro de Loyola em 2016.
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Licitação
Projeto bem mais ambicioso poderá deslanchar a partir do próximo ano. A coluna apurou que é possível que a Infraero finalize, até fevereiro de 2017, o processo licitatório para a construção do complexo logístico do aeroporto de Joinville. O investimento previsto soma R$ 300 milhões. A iniciativa dará ao ganhador da concorrência (empresa ou consórcio) o direito de explorar os serviços.
Refis federal
Está na pauta da Câmara de Deputados projeto que cria um novo programa de refinanciamento de dívidas. A ideia é um Refis de parcelamento de débitos tributários por um prazo de 20 anos. Pelo projeto, as dívidas poderão ser pagas em até 240 prestações, com redução de 90% das multas, juros e encargos. Com isso, as empresas conseguirão obter a certidão de regularidade fiscal. A dívida passaria a ser atualizada pelo IPCA. A proposta abrange débitos feitos até 30 de junho deste ano.
Comércio faz campanha
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Jaraguá do Sul inicia, nesta segunda-feira, dia 17, campanha de recuperação de crédito junto aos seus clientes. O comércio local contabiliza, em 2016, um percentual de inadimplência superior à média apontada em anos anteriores – daí, a iniciativa. Nos últimos 12 meses, a inadimplência chegou aos 5,14%. Isso significa que um em cada R$ 20 em vendas efetuadas ao longo do período outubro 2015-setembro 2016 não entrou no caixa das lojas por falta de pagamento. O dado é 1,38 ponto percentual acima do que foi registrado, em média, anos anteriores. Quem tiver dívidas no comércio jaraguaense poderá fazer consultas gratuitas de CPF para confirmar pendências e, assim, limpar o nome. As consultas contemplam, exclusivamente, estabelecimentos associados à entidade e serão realizadas na sede da CDL. As consultas podem ser feitas por compradores e avalistas.
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Banco Social
A Acij realiza, no dia 28, o 1º workshop do Banco Social, com o objetivo de orientar empresas e profissionais para doações de pessoas físicas e jurídicas, com a participação da Receita Federal. O Banco Social mantém uma lista de projetos aprovados por meio de leis de incentivo, para a captação de recursos.
Parceria alemã
A Federação das Indústrias de Santa Catarina fechou parceria com o Instituto Fraunhofer para desenvolver produtos inovadores nos Institutos Senai de Inovação em laser e em sistemas de manufatura, localizados em Joinville. A cooperação foi estabelecida nesta sexta-feira pelo presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, que lidera missão à Alemanha, durante reunião no Centro de Aplicação de Tecnologia de Microprodução do Fraunhofer, em Berlim. A agenda do grupo catarinense na capital alemã antecede o Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), que será realizado entre os dias 16 e 18, em Weimar, no Estado da Turíngia, região central do país europeu.