Os gastos com compras de produtos e serviços por parte dos 577 mil joinvilenses estão projetados em R$ 19,069 bilhões para este ano. O valor representa 0,45360% do total do consumo dos brasileiros e é R$ 3 bilhões superior ao apurado para 2016. Significa dizer que o incremento de um ano para outro é de 20%, apesar de todas as dificuldades econômicas vividas pela sociedade local. Isso também significa que muitas outras cidades estão perdendo posições, com Joinville ganhando espaços.

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Joinville surge na 25ª colocação no ranking nacional e aparece no segundo lugar no Estado de Santa Catarina. Nas duas situações, aparece uma posição atrás de Florianópolis. As informações constam de amplo estudo denominado Índice de Potencial de Consumo (IPC), produzido pela consultoria IPC Marketing, de São Paulo.

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A consultoria faz o detalhado estudo IPC Maps anualmente e é desenvolvido em todos os municípios do País. Os dados coletados e tabulados servem de referência na tomada de decisão por parte de investidores, que buscam estatísticas a respeito do perfil de consumo para balizar realização, ou não, de negócios.

O estudo deste ano mostra que o índice de potencial de consumo de Joinville se aproxima do de Florianópolis. A capital do Estado aparece à frente, com 0,47031%, totalizando despesa de R$ 19,77 bilhões. O levantamento diz que o potencial de consumo de todo o Brasil atinge R$ 4,20 trilhões.

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Em 2014, a população de Joinville comprou R$ 12,3 bilhões. Dois anos depois, em 2016, o IPC subiu para 0,41373, com os gastos chegando ao valor de R$ 16,1 bilhões. Análise comparativa, feita a partir dos números obtidos pela consultoria, demonstra que desde 2014 há relevante evolução de participação relativa de Joinville no potencial de consumo nacional. Dito de outra forma: o potencial de consumo dos joinvilenses aumentou R$ 6,4 bilhões em três anos — desde 2014. Significa dizer que os indicadores de Joinville melhoraram, por causa da piora do empobrecimento de outras cidades, mas também pelo acréscimo da classe média, justamente no triênio 2014-2016, de aguda crise econômica, e apesar das enormes dificuldades de uma economia local, excessivamente centrada nos segmentos metalmecânico.

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A categoria manutenção do lar lidera, com folga, o volume de consumo, com gastos de R$ 4,9 bilhões. O valor é um quinto do consumo geral da população de Joinville para a totalidade dos itens pesquisados. Outra categoria de destaque é a da alimentação no domicílio, seguindo-se gastos com veículo próprio e materiais de construção. Do conjunto das 22 categorias analisadas, estas quatro concentram mais de 40% do total dos gastos da população.

O bloco de itens de higiene e cuidados pessoais, medicamentos e outras despesas com saúde representa um consumo de R$ 1,24 bilhão, equivalente à soma das despesas com alimentação fora do lar e com compra de mobiliário e artigos para o lar.

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A análise, por estrato socioeconômico, revela que a classe B detém potencial de consumo de R$ 10,9 bilhões para este ano, o que significa mais da metade do valor estimado para todos os gastos da população. Os joinvilenses enquadrados na classe C têm potencial de consumo da ordem de R$ 5,1 bilhões, bem mais do que o dobro da A, que participa do bolo com R$ 2,1 bilhões. Naturalmente, isso se explica: a grande maioria da população se insere nas classes B e C.

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NÚMEROS DO POTENCIAL DE CONSUMO DE JOINVILLE (EM 2017)

Valor consumo total: R$ 19.069.106.975,00.

Percentual de Joinville sobre o total do Brasil: 0,45360%.

Joinville no ranking: segundo de SC e vigésimo quinto do Brasil.

População: 577.024 habitantes.

Consumo urbano per capita (por ano): R$ 33.505,14.

Consumo rural per capita (por ano): R$ 20.842,07.

Consumo por classe social

Classe A: R$ 2.101.740,237,00.

Classe B: R$ 10.897.865.068,00.

Classe C: R$ 5.152.937.766,00.

Classe D/E: R$ 481.777.386,00.

Comparação do índice de potencial de consumo de Joinville (em % e em valores sobre o consumo nacional)

2014: 0,37898 — R$ 12.362.671.986,00.

2016: 0,41373 — R$ 16.082.572.065,00.

2017: 0,45360 — R$ 19.069.106.975,00.