A DeBernt Human Capital, com ampla atuação no Estado do Paraná e forte presença em Joinville e no Vale do Itajaí, tem ambição de crescer em Santa Catarina e estar mais presente nas regiões de Florianópolis e Sul do Estado.
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Para a nova sócia da companhia e gerente do escritório de Joinville, Eliane Espinha, o mercado de contratação de executivos está promissor. Nesta entrevista, explica os planos de expansão e mostra números dos negócios e projetos. Também aborda a importância da adaptabilidade dos profissionais à cultura empresarial. A DeBernt foi fundada em 1986, por Bernt Entschev.
Com 31 anos de atividades, é uma das mais reconhecidas empresas de seleção, recrutamento e recolocação de executivos do País.
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A nova sócia
Eliane Espinha é a nova gerente regional e sócia do Grupo DeBernt. Com mais de cinco anos como gestora de relacionamento em Santa Catarina, ela assume agora a importante missão de ampliar a operação da consultoria e garantir a excelência que a marca DeBernt representa.
Eliane é profissional com sólida experiência na área de recursos humanos, seleção e desenvolvimento de pessoas. Formada em comunicação social, tem especialização em gestão de RH e em comunicação empresarial.
Atuou em empresas de grande porte, multinacionais e nacionais de diversos segmentos industriais, de varejo e de serviços. Tem mais de 18 anos na área de gestão de pessoas e foi responsável por projetos de treinamento e desenvolvimento, clima e cultura organizacional, comunicação corporativa, endomarketing, coaching e executive search. A seguir, os principais trechos da entrevista.
Que desafios tem na nova missão?
Eliane Espinha – Atuar para possibilitar o crescimento da DeBernt nas diferentes regiões do Estado será o foco principal. A unidade de Joinville tem dois profissionais para atender a todo o Estado. Claro que, uma vez definido um negócio, um contrato, os contatos podem ser feitos via Skype. Mas o processo de prospecção exige estar presencialmente com o potencial cliente.
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Serão contratadas novas pessoas, então.
Eliane – Sim. Um executivo de contas para Florianópolis e região e outro para trabalhar na região Sul de Santa Catarina. Vamos em busca de um perfil comercial, com viés consultivo, que busque soluções. A DeBernt trabalha em frentes variadas: desenvolvimento de talentos, avaliação de potencial, recolocação de profissionais no mercado, entre outras.
Como está o mercado neste ano?
Eliane – O primeiro semestre deste ano apresentou resultados muito bons. Desde 2015 não havia resultado tão crescente. Foi o dobro em comparação com o ano passado.
Isso significa…
Eliane – Isso significa que o tempo médio de recolocação se reduziu neste ano. Também significa que as empresas voltaram a contratar e diminuiu-se a quantidade de demissões – tanto para cargos executivos quanto para funções operacionais.
Que tipo de profissional é mais procurado?
Eliane – Continua sendo o executivo da área comercial. Eles são os mais assediados pela concorrência e ficam menos tempo desempregados.
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Como enxerga o ambiente de negócios para este segundo semestre?
Eliane – Estamos bem otimistas com a evolução dos nossos negócios. Comparativamente, percebemos que em Santa Catarina, no Paraná e no Rio Grande do Sul há mais vigor, mais dinamismo do que em São Paulo. Lá em São Paulo, as empresas sentem mais a crise.
Como isso se materializa em números?
Eliane – São significativos os números da DeBernt nos três Estados do Sul do País. Nos últimos dois anos, desenvolvemos 785 projetos e temos 263 clientes. Em Santa Catarina, são 52 clientes e 129 projetos. No Paraná, 176 clientes e 555 projetos. No Rio Grande do Sul, há 35 clientes e 101 projetos.
Em Santa Catarina, onde se vê mais movimentação de executivos?
Eliane – Joinville não está tão aquecida assim. Verificamos que Blumenau e Itajaí estão mais dinâmicas. Empresas de Joinville são mais conservadoras. E frearam bem antes os negócios em razão da crise.
No geral, as empresas de Joinville optam por contratar executivos de fora da cidade?
Eliane – Isso é verdadeiro no caso de executivos das áreas de marketing, de desenvolvimento de produtos. São áreas nas quais buscam-se profissionais com visões de mundo e experiências variadas, abrangentes. Já para cargos executivos em finanças, contabilidade e controladoria, não há essa necessidade. Nestes casos, são funções de natureza técnica.
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Qual é o maior equívoco que uma empresa pode cometer ao contratar um executivo?
Eliane – A identificação com a cultura local é muito importante. O profissional que vem de outros lugares, de centros maiores, por exemplo, precisa se adaptar ao modelo de vida de onde vai atuar. A aderência aos valores também é essencial. Igualmente, é necessária uma relação de confiança e de bom senso entre expectativas geradas e o trabalho no dia a dia.
Então, o choque cultural é o maior desafio a ser vencido?
Eliane – Exatamente. Este problema pode existir, também, quando o profissional muda de empresa na mesma cidade. Ou quando sai de uma empresa de perfil tradicional para outra, menos formal. O modo de gerir pessoas pode ser muito diferente. Não é questão exclusiva de gente que muda de município.