A Lee Hecht Harrison (LHH), consultoria internacional de desenvolvimento de talentos e transição de carreira, formaliza sua entrada no mercado de Joinville, com palestra de Alexandre Marins, hoje, na Acij. A LHH tem 450 escritórios em 65 países e é líder global nos seus segmentos.
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No Sul do país, já opera no Paraná e no Rio Grande do Sul. O escritório catarinense funciona no Centro de Joinville, mas está voltado a clientes de todo o Estado. O executivo Carlos Rosa será o responsável pela unidade. Ele tem passagens por empresas como Whirlpool, Universal Fitness (Athletic) e a farmacêutica paranaense Prati Donaduzzi.
Nesta entrevista, Carla Virmond Mello (foto), que dirige o escritório de Curitiba e é fundadora da LHH na região Sul, aborda os mais variados fatores que envolvem a atividades da consultoria e a sua relação com os executivos.
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Currículo
Carla Virmond Mello é vice-presidente da ICF–International Coaching Federation, Capítulo Paraná. Possui 20 anos de experiência em desenvolvimento organizacional, atuando em processos de coaching, change management, desenvolvimento de talentos e liderança, orientação e transição de carreira. Participou de diversos programas de fusão, aquisição e desenvolvimento organizacional em empresas como Renault, Volvo do Brasil, Boticário, HSBC, GVT, Vivo, Grupo Marista, entre outros. É psicóloga, mestre em Engenharia da Produção com ênfase em Psicologia das Organizações, especialista em Gestão de Pessoas.
A LHH chega a Joinville com escritório próprio, mas já atendeu empresas locais.
Carla Virmond Mello – Em Santa Catarina, a consultoria já atendeu a clientes como Tigre, Ciser e Whirlpool. Oferece ferramentas voltadas ao desenvolvimento de melhores carreiras, líderes e negócios, ajudando empresas a simplificar a transformação de seus líderes e equipes com programas de lideranças, coaching, assessment, transição e suporte a mudanças.
Como auxilia os talentos?
Carla – Atuamos no sentido de dar suporte para a melhoria de desempenho, propiciar a mobilidade dos profissionais – tanto para dentro como para fora da empresa. Então, neste caso, o objetivo é reconectá-los a outros mercados e a outras possibilidades.
O que distingue o comportamento empresarial na região Sul de outros lugares do País?
Carla – A cultura empresarial na região Sul é bem diferente da do Nordeste, por exemplo. No Sul, os empresários são mais zelosos na contratação de executivos, mais reservados, e identificam demandas com base conceitual mais forte. São pessoas muito trabalhadoras e construtoras de riquezas.
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O que faz uma empresa contratar a consultoria?
Carla – Existem vários motivos. Um deles é a busca por profissionalização da gestão.
Qual é a melhor hora de se buscar uma consultoria?
Carla – A consultoria pode ajudar quando a empresa está passando por um processo de transição.
Como se deve escolher os profissionais?
Carla – O que garante a sustentabilidade de um negócio, de uma organização, é a formação de equipes. A escolha dos profissionais passa pela clareza de comunicação, identidade de valores entre empresas e executivos e visão dos negócios.
Que características adicionais devem ter os executivos ao longo das carreiras
Carla – É importante ter olhar crítico, olhar abrangente. Perceber tendências. É importante compreender que há ciclos de vida dos negócios. A exemplo dos negócios, os executivos precisam ser ressignificados – encontrar novos significados para si e para onde está inserido.
Como as empresas devem olhar para seus talentos?
Carla – As empresas precisam olhar para o ciclo dos seus talentos. Isto é essencial do ponto de vista do desenvolvimento profissional e de liderança.
A vida pessoal é analisada detalhadamente hoje em dia…
Carla – Sem dúvida. Pergunta inevitável é: quem é você? Como é teu comportamento? De que maneira você é influenciador na sociedade? Em resumo, ¿tem de ser um bom moço¿. O profissional tem de ser confiável, antes de demonstrar competências técnicas. Ética é a palavra da vez.
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Vivemos uma crise extensa nos últimos três a quatro anos. O que isso significa
Carla – A primeira coisa que aconteceu foi o refinamento. As empresas fizeram ¿uma limpa¿ e ficaram com aqueles profissionais que dão resultados e têm seus valores identificados com as organizações.
O que faz um executivo de companhias localizadas em grandes centros procurarem Joinville para trabalhar?
Carla– Joinville atrai por várias razões. As mais relevantes são de natureza sociológica. Referem-se às condições de vida. Por exemplo: qualidade das escolas para os filhos estudarem e segurança pública são elementos fundamentais, sempre muito considerados. Transporte, disciplina e organização da sociedade também constam da lista de pontos positivos.
E o que joga contra Joinville?
Carla – O conservadorismo da sociedade e dos empresários e a busca por resultados imediatos são aspectos que não ajudam. Executivos brasileiros já foram os mais caros do mundo, em alguns casos.
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A crise mudou isso?
Carla – Sim, a crise mudou isso. As empresas já estão bem mais cuidadosas e menos generosas na concessão de benefícios.
A LHH não faz recrutamento de profissionais. Mas atua para desenvolvimento das pessoas e, na outra ponta, a do outplacement.
Carla – No caso de executivos que saem das companhias, nossa atribuição é entender a situação e encaminhar para ele se reconectar ao mercado de trabalho, após a demissão. O profissional tem de saber o que fazer com seus aprendizados. O que diferencia a LHH de outras consultorias?Carla – A LHH tem escola de negócios nos Estados Unidos e na Europa. Agimos para ser lideranças transformadoras. Trabalhamos para os indivíduos serem protagonistas. Mostramos que o profissional possui alternativas de emprego e de renda. Temos metodologias de trabalho e processos sistemáticos que contribuem para a obtenção de resultados.