Diminuiu drasticamente o número de consumidores que deram baixa no cadastro de inadimplentes da Serasa, de acordo com o acompanhamento feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Joinville. A estatística revela que nos cinco primeiros meses deste ano foram feitos 17.633 cancelamentos.
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No mesmo período do ano passado, foram 19.454. Isso significa um recuo de 1.821 cancelamentos de um ano para o outro. Na prática, quase duas mil pessoas (pode haver mais de um registro por CPF) a menos.
Três razões explicam a situação: 1) As pessoas estão com menos dinheiro neste ano e, portanto, não conseguem liquidar seus débitos e limpar seu nome na praça; 2) Como muita gente se acostumou a fazer compras com cartão de crédito, esses negócios não aparecem nos dados da Serasa/CDL porque lá só são tabuladas transações realizadas com cheques; e 3) Houve efetiva queda no volume de compras, refletindo, então, no resultado apurado.
Outra face da mesma realidade se expressa no recuo do número de registros de inadimplentes. O levantamento indica diminuição bem menos relevante entre janeiro e maio de 2015 na comparação entre janeiro e maio de 2016. A queda, no caso, é de apenas 618 posições. De 17.883, nos cinco primeiros meses de 2015, para 17.265, em 2016.
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Isto sugere absoluta cautela dos consumidores e muito mais rigor na análise de crédito na hora de se formalizar algum negócio a prazo. As oscilações mensais dos números impressionam. Em janeiro deste ano, o cadastro apontou menos de 2.900 registros; em março, superou os 4 mil; mantendo-se no patamar superior a 3 mil nos meses de abril e maio. Um comportamento semelhante ao verificado no ano passado.
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Só conversa
A aplicação da Lei Municipal de Acessibilidade levou o promotor Cléber Augusto Hanisch, do Ministério Público do Estado de Santa Catarina, a uma reunião que a Ajorpeme promoveu ontem com outras entidades empresariais (Acij, CDL e Acomac). Nada se concluiu. De um lado, o presidente da Ajorpeme, Carlos Eduardo de Souza, pede mais tempo para a adequação das empresas à regra legal porque os custos impactam no caixa. Há uma outra leitura: como a lei entrou em vigor em janeiro de 2016 e houve longo tempo de preparação, o MP recomendou que os novos alvarás só sejam aprovados com o padrão de acessibilidade exigido pela lei.
Sinal de melhora
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas subiu 4,2 pontos em junho, alcançando 83,4 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2015. A alta se estendeu a 14 dos 19 principais segmentos da pesquisa e foi determinada, principalmente, pela melhora das expectativas em relação ao futuro próximo. Entre abril e junho, o avanço foi impulsionado pela melhora das expectativas, o que significa redução do pessimismo.
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– O retorno da confiança aos níveis médios históricos dependerá, de agora em diante, de uma efetiva recuperação da demanda interna e da redução das incertezas originadas no ambiente político – afirma o superintendente adjunto para ciclos econômicos da Fundação Getúlio Vargas/Ibre, Aloísio Campelo Jr.
Mexicana em Joinville
Em tempos difíceis e de alto desemprego, o anúncio de vagas de trabalho anima e pode determinar o retorno ao mercado de dezenas e dezenas de trabalhadores. É o que oferece a rede mexicana Coppel, que vai abrir loja no Centro de Joinville. Uma boa notícia que vai minimizar o estrago já feito. A recordar que, com a crise, o comércio de Joinville extinguiu 1.600 empregos desde o início de 2015.
Telefonia
A crise da Oi, que pediu recuperação judicial com dívidas de R$ 65 bilhões ainda não prejudicou o atendimento aos clientes em Joinville. É o que se constata no Procon. De todo modo, as operadoras de telefonia (fixa e de celular) continuam a liderar as queixas de consumidores no órgão de fiscalização.
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Pé na areia
A Rôgga Empreendimentos comprou terreno de 300 mil metros quadrados e com 250 metros de frente para o mar. Fica em área nobre do município de Barra Velha, entre as praias do Tabuleiro e Itajuba. A construtora joinvilense planeja realizar um projeto imobiliário de referência na região.