Loco Abreu foi liberado pelo departamento médico do Figueirense e está à disposição do técnico Hélio dos Anjos para a partida contra o Atlético-GO, na quinta-feira, às 19h30min pela Copa Sul-Americana.

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A contratação mais cara da história do futebol catarinense, Loco Abreu analisou a situação do clube que está na zona de rebaixamento e vive uma crise entre os parceiros na diretoria.

– Para quem tem muito tempo de futebol, desculpe a palavra, eu aprendi a nadar na água e aprendi a nadar na merda. Eu não me assusto com nada, eu vou até o final, acredito até a matemática falar o contrário. Acredito também que o time vai chegar uma hora que vai ter que encaixar, jogar futebol de time. Todo mundo pensar para o melhor do coletivo e não o individual e, desta maneira, começar aos poucos. Não adianta pensar em ganhar 10 jogos. Não tem jogo que tu soma 30 pontos. Tem que ganhar o primeiro e aí pensar no outro – explicou Loco Abreu.

Para o uruguaio o importante nesse momento é ter foco e encontrar um time que encaixe. Na analise do atacante o Figueirense ainda não tem um esquema e peças definidas.

_ Muitas vezes você quer dar muito, mas dá muito errado. No simples, pode parecer que é pouco, mas é muito para o time. É o mesmo que eu querer como, por exemplo, eu sou um lateral-direito e quero finalizar e fazer o gol. Não. Sou lateral: marco, apoio e cruzo para o cara que tem que fazer o gol. Eu como atacante correr para todo lado, para querer fazer pressão, ir lá atrás para defender, e na hora que eu tenho que estar lá na frente para fazer o gol, eu não estou. Então, cada um, dentro da sua característica tem que fazer o melhor e achar que está fazer o melhor. Não querer fazer a mais, porque às vezes você quer fazer a mais e atrapalha – disse.

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Para aumentar o foco Loco Abreu ainda criticou o tamanho do elenco do Figueirense, segundo ele fica difícil para o técnico trabalhar com 45 jogadores, e que no máximo um treinador trabalha com 25.

– Essa não é a minha área e talvez eu não devesse falar isso, mas eu nunca trabalhei em um grupo com 45 atletas profissional para o treinador desenvolver uma estrutura. Geralmente são 24 ou 25. Aqui tem 45, então para a hora de trabalhar é muito complicado. Acho que tem que começar a visualizar o grupo que está focado para esse tipo de desafio que temos que passara. Até porque vai ter xingamento e pressão. Claro além de escolher os melhores jogadores fisicamente e futebolisticamente – falou.

Para finalizar Loco Abreu disse que a situação interna do clube não interfere no campo.

– O problema que acontece lá no clube é diferente o que acontece aqui. A gente pode ganhar e o problema pode continuar lá. Esse problema escapa da gente, nós temos que concentrar na parte esportiva. E nós temos que encontrar uma sequência de esquema para poder ganhar – finalizou.

Loco Abreu ainda defendeu a Copa Sul-Americana e que uma vaga na segunda fase daria motivação ao time para a partida contra o Coritiba, no domingo, pelo Brasileirão.

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