Neste sábado (25), um lobo-marinho-do-Sul (Arctocephalus australis) voltou à natureza na Praia do Moçambique em Florianópolis. Encontrado em Laguna, na praia do Gi, ele foi resgatado no dia 3 de agosto pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) junto à Universidade do Estado de Santa Catarina.

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Após os primeiros atendimentos, o animal foi estabilizado pela equipe veterinária da Udesc. No dia 11 de agosto, foi transferido para ser reabilitado no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3Animal).

Segundo informações do G1 SC, no exame clínico de entrada foi constatado que o olho esquerdo apresentava laceração de córnea e indicativos de inflamação.

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– O lobo-marinho também estava com alterações respiratórias e gastrointestinais. O animal permaneceu em tratamento e inicialmente não aceitava comer sozinho, sendo necessário o manejo alimentar através da contenção física – explica a veterinária Marzia Antonelli.

Durante a reabilitação foram realizados exames clínicos e laboratoriais de rotina. O animal ficou apto para a soltura quando apresentou excelente resposta clínica: cicatrização completa da lesão ocular e estabilidade respiratória, gastrointestinal e laboratorial. 

Que bicho é esse?

O nome popular do lobo-marinho-do-Sul é simplesmente lobo-marinho. Ele tem focinho alongado, pelagem macia e, em geral, sua coloração varia em tons de cinza e marrom. Ele é uma espécie de pinípede, uma superfamília de mamíferos marinhos que engloba outras espécies de lobos-marinhos, leões, elefantes-marinhos e focas.

Durante o outono inverno é possível avistar animais desta espécie no Sul do Brasil. Eles saem de colônias reprodutivas no Uruguai e na Argentina e chegam nas praias brasileiras em busca de alimento e descanso.

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Orientações ao encontrar um animal silvestre debilitado:

  • Caso encontre um mamífero, ave ou tartaruga marinha debilitada ou morta na praia, ligue 0800 642 3341;
  • Mantenha distância e ajude a isolar a área;
  • Evite contato dos animais silvestres com bichos de estimação, pois eles podem transmitir doenças entre si. Os cachorros também podem atacar;
  • Evite tirar fotos com o uso de flash e não forneça alimentos ou force o animal a entrar na água.

*Com informações de G1 SC

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