A lenda do lobisomem faz parte do folclore nacional, embora sua origem remonte a sociedades europeias. Sua figura é descrita como a de um homem que se transforma em lobo em noites de lua cheia. A partir de então ele se dedica a buscar vítimas para se alimentar.

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No Brasil, essa lenda conta com diversas variações regionais, sendo contada em muitas versões. Inclusive, há milhares de relatos de pessoas que juram ter avistado o lobisomem.

Por mais inusitado que possa parecer, muitas pessoas se questionam sobre o que há de real ou fantasia nessa história.

A lenda do lobisomen

A lenda do lobisomem é conhecida mundialmente. Prova disso é o grande volume de produção cultural a respeito do tema. Você pode encontrar tanto um livro asiático contando a história de um homem que se transforma em lobo quanto um filme sul-americano de mesmo enredo.

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E apesar das centenas de variações conhecidas dessa mesma lenda por meio da literatura ou a da indústria do cinema, a história original é pouco conhecida em detalhes. Resumidamente, ela pode ser contada da seguinte forma.

O lobisomem é definido como um ser, parte homem, parte lobo, que foi amaldiçoado com a licantropia (transformação em lobo). A vítima dessa maldição transforma-se em lobisomem nas noites de lua cheia. Algumas tradições ainda dão conta de que a licantropia foi resultado de um pacto de um homem com o diabo.

Uma vez transformado em lobisomem, a besta-fera parte em busca de vítimas com a intenção de matá-las. A única forma detê-lo é o atingindo com uma bala de prata ou com um material cortante do mesmo metal.

A cultura popular moderna trouxe contornos ainda mais dramáticos para a lenda. Segundo essa tradição, a maldição do lobisomem pode ser transmitida hereditariamente, isto é, de pai para filho. Além disso, quem é mordido pela fera também seria transformado em lobisomem.

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De onde surgiu o lobisomem?

Como já destacado, a lenda do lobisomem surgiu na Europa, sendo os relatos mais antigos dessa história identificados como da Grécia Antiga.

Tal oriegm também foi a responsável por dar nome a lenda. Isso porque licantropo – nome original do lobisomem em grego – é a junção dos termos lykos (lobo) e anthropos (homem).

Entre as diferentes versões atribuídas a civilização grega, a mais conhecida fala de um rei chamado Licaon, que reinou em uma região denominada Arcádia e foi punido por Zeus, após tentar matá-lo.

Isso aconteceu porque Licaon era conhecido por realizar o sacrifício de humanos viajantes que visitavam seus domínios. Zeus, então, disfarçou-se de viajante, dirigiu-se à Arcádia e foi recebido por Licaon em um jantar, oportunidade na qual ele pretendia matar seu convidado.

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No entanto, o plano não prosperou. No jantar, o rei da Arcádia ofereceu carne humana para Zeus, que, enfurecido, puniu-o transformando-o em lobo para sempre.

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A popularização da lenda do lobisomen

Alguns estudos revelam que o lobo era um animal objeto de cultos na Antiguidade Clássica, e esse culto (e a lenda) acabou sendo transmitido para Roma.

Em Roma, a festa dos lobos era chamada lupercália e também estava associada a história de um homem que se transformava em lobo. A fera levava o nome de versipélio. Como os romanos conquistaram uma quantidade vasta de territórios, a crença foi amplamente divulgada, sobretudo no continente europeu.

A expansão da lenda fez com que ela tomasse novas características, passando a ser conhecida em cada região por nomes diferentes. Em locais cristianizados, por exemplo, o lobisomem passou a ser símbolo de um homem pecador amaldiçoado, algo a ser temido por todos

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Joanesia: a capital brasileira do Lobisomem

Que a lenda do lobisomem é amplamente conhecida por gerações e mais gerações de brasileiros, todo mundo sabe. O que talvez não seja amplamente conhecido é a existência de uma “capital brasileira do lobisomem”. Estamos falando da cidade de Joanesia, no interior de São Paulo.

Devido a diversos relatos que davam conta da aparição de uma fera com traços humanos e de lobo, a lenda se firmou como um dos principais elementos da cultura local. Com o passar dos anos, inclusive, criou-se um circuito de turismo do lobisomem responsável por atrair para a cidade milhares de turistas todos os anos.

Quem visita Joanesia vai com a intenção de desvendar os mistérios que giram em torno do lobisomem e das histórias contadas por quem jura ter avistado a fera. Há monumentos que podem ser visitados, restaurantes temáticos, circuitos de contação de histórias, entre muitos outros locais e atividades sobre a lenda do lobisomem.

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Entenda o caso da aparição mais recente do lobisomem

Não por acaso, Joanesia já ganhou os noticiários por conta de uma suposta aparição de um lobisomem. Em imagens que circulam na internet, é possível ver um homem de estatura média e traços de difícil identificação se locomovendo pela penumbra, de forma um tanto incomum.

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Os registros são poucos conclusivos e serviram apenas para alimentar a fantasia já bastante consolidada na região da existência de feras habitando a cidade. Independentemente disso, as imagens tomaram conta da internet e chegaram a ser analisadas pelo Fantástico, no quadro Detetive Virtual.

Essa atração é conhecida por confirmar ou refutar a veracidade de vídeos inusitados que circulam em redes sociais e aplicativos de mensagens. Nessa edição do programa, a equipe de reportagem identificou como falsa a informação que dava conta de uma suposta prisão do lobisomem.

Detetive virtual analisa suposta aparição de Lobisomem
Detetive virtual analisa suposta aparição de Lobisomem (Foto: Reprodução/TV Globo)

Há, inclusive, uma imagem de um homem fantasiado de lobisomem prestando depoimento em uma delegacia. Naturalmente, o registro virou meme e passou a ser amplamente compartilhada em diversas redes sociais.

Lobisomem também “apareceu” no Distrito Federal

Outro caso recente relacionado a uma suposta aparição de lobisomem aconteceu em Ceilândia, no Distrito Federal. Em um vídeo compartilhado no Twitter, de 44 segundos, podemos ver uma criatura em quatro patas se locomovendo rapidamente. Ao fundo, é possível escutar uivos bastante contundentes.

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Moradores da região confirmam ter visto a fera circulando pelas ruas em na noite de lua cheia do dia 2 de outubro de 2020. Na ocasião, a Polícia Militar negou a existência do registro de qualquer ocorrência a respeito do caso.

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