Solução do século 19 em pleno século 21. Uma capital deveria ser vanguarda em soluções para questões ambientais tão sérias como a destinação do lixo que só os humanos produzem. Existe uma lei federal sobre resíduos que já está em vigor e a vergonhosa falta de capacidade das autoridades de todas as cidades grandes e pequenas para impor o cumprimento é de fazer chorar! Colocamos sondas em meteoros com precisão de milissegundos e não resolvemos algo tão primário. Ao contrário, levamos para o espaço os mesmo efeitos colaterais do progresso, porque nosso lixo já infesta até o cosmos. A solução para a questão não virá por educação e conscientização. Não funciona no trânsito, que significa a diferença entre vida ou morte, não vai funcionar com o lixo – o qual todos nós achamos que basta colocar num saco e deixar na calçada, sem se importar com o que vai além disso. Só funcionamos com sanções, com multas. Quem ainda não se adequou a produzir menos lixo, separar, reciclar, dar destinação ecologicamente correta, tem de ser mesmo multado. Quem já tentou implantar separação de lixo em condomínios residenciais sabe bem o drama que é a falta de adesão. Gente abonada, com diplomas e de uma visão tão rastaquera sobre a questão do lixo que faz desacreditar que a espécie humana tenha jeito a não ser na marra e pagando caro, bem caro. Ninguém pensa em mecanizar a coleta, acabar com as lixeiras na frente de cada casa, prédio etc. Há lugares em que o lixo é separado e colocado em dutos por onde é sugado direto para estações de separação e tratamento. Aqui, nem levar até um contêiner coletivo colocado em pontos de coleta mecanizada se quer. Não é chique. Longo é o caminho para o fim da ignorância. A evolução da cidadania segue o padrão de academias de fitness: no pain, no gain. Para o cérebro não é diferente.
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Lia Souza
Florianópolis
Um serviço essencial não poderia nem ter direito a greve.
Rafael Teles
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Florianópolis
Só acho que sabendo que a Comcap está em greve, as pessoas poderiam armazenar o lixo em casa e não empilhar na rua.
Raul Araujo
Florianópolis
Para mim também é uma questão de educação das pessoas. Quando o banco está em greve, ninguém vai ao banco. Quando os professores estão em greve, os alunos não vão para a escola. Com o lixo não é diferente. Se cada pessoa que jogou este lixo todo em pleno centro da cidade tivesse de alguma forma armazenado em algum local até a volta da Comcap, a cidade não estaria assim. Concordo que existam muitas greves por parte da companhia, mas educação, minha gente, é tudo!
Mariane Costa
Ituporanga
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