A limpeza em frente aos locais de votação surpreendeu o eleitor em Itajaí. O tradicional derramamento de santinhos, que sujava as ruas no dia das Eleições, desta vez quase não ocorreu. Uma determinação da Justiça Eleitoral, que prometeu agir firme em relação à sujeira, freou os abusos dos candidatos.

Continua depois da publicidade

De acordo com a secretaria de Obras de Itajaí, que coordenou os trabalhos de limpeza, o volume de panfletos recolhidos é 70% menor do que no último pleito, em 2010.

– A cidade amanheceu limpa como nunca antes – diz a juíza eleitoral Sônia Moroso, que chegou a visitar as proximidades dos locais de votação durante a madrugada, para tentar flagrar irregularidades.

Funcionários da empresa Ambiental, concessionária da limpeza de ruas, varreram as áreas próximas aos colégios eleitorais entre 5h e 8h da manhã no domingo. De acordo com o secretário interino de Obras, Marcelo Schlickmann Souza, havia material despejado nos bairros Fazenda e São Vicente – mesmo assim, em volume muito menor do que o esperado.

Continua depois da publicidade

– É bem melhor não ter santinhos espalhados pelo chão. A cidade fica mais limpa – disse Rosângela de Fátima Martins, 39 anos, admirada com a limpeza em frente à Escola Básica Aníbal César, no Bairro São Vicente.

Para a eleitora Sílvia da Silva Azevedo, 56, do Bairro São Judas, o derramamento de panfletos é uma atitude que não beneficia nenhum candidato. No principal reduto de votação do bairro, a Escola Básica Francisco de Paula Seára, onde tradicionalmente havia um grande volume de sujeira em dia de eleições, desta vez a quantidade de santinhos no chão podia ser contada nos dedos.

– Todo mundo tem 45 dias para escolher o candidato. Os santinhos não vão fazer diferença.

A única ocorrência relacionada ao despejo de panfletos ocorreu ao final do período de votação. De acordo com a juíza Sônia Moroso, o candidato será identificado e poderá ser punido.

Continua depois da publicidade