Cerca de 1600 toneladas de lixo deixaram de ser recolhidas em Florianópolis nos dois dias de greve dos trabalhadores da Comcap. O problema pode atrair animais que são vetores de doenças, além de causar mau cheiro.

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Em alguns lugares da cidade já se nota nas ruas o acúmulo de lixo. A longo prazo, isso pode trazer problemas para a população, segundo explica o engenheiro sanitarista e pesquisador do laboratório de resíduos sólidos da Universidade Federal de Santa Catarina, Marlon André Capanema.

Ele afirma que a decomposição do lixo nas ruas pode atrair animais, como baratas e ratos, que podem transmitir doenças como a leptospirose. – No calor, a decomposição é mais rápida o que pode aumentar também a emissão de odores – explica o pesquisador.

Para evitar problemas, Marlon orienta a população a separar o lixo seco – plásticos, papéis, vidros e metais limpos – em sacos. Ele explica que este tipo de resíduo não se decompõe facilmente e não gera odores. Embalagens como garrafas de refrigerante e caixas de leite devem ser lavados antes do descarte.

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Já o lixo orgânico – cascas de frutas, guardanapos usados, restos de comida – devem ser colocados em latões bem fechados, para evitar contato com o ar e a chuva, explica Marlon.

Quarta-feira será sem coleta

A segunda proposta apresentada pela prefeitura desagradou os trabalhadores da Comcap. O diretor administrativo do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Florianópolis (Sintrasem), Marcio Bittencourt do Nascimento, explica que a categoria reivindica aumento real de 10% no salário e acréscimo de R$ 150 no auxílio alimentação.

A prefeitura apresentou a proposta de aumento real no salário de 1,5% em dezembro e mais 1% em abril. Já no vale alimentação, propôs acréscimo de R$ 30. Marcio explica que a continuidade da greve é quase certa, mas quem define isso é a assembleia dos trabalhadores, marcada para as 8h desta quarta-feira, no Departamento de Limpeza Pública (Limpu).

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