Moradores do bairro São Luiz, em Jaraguá do Sul, convivem com um exemplo flagrante de desrespeito ao Meio Ambiente. A Rua Luís Bortolini avança ainda alguns metros depois que terminam as casas e o asfalto. Uma área de mata encobre as ribanceiras de um riacho que corta o bairro.

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A paisagem até seria bonita, se não fosse o lixão clandestino que se instalou no local. São mais de 50 metros cobertos por todo o tipo de material, espalhados até o limite da água. Numa rápida olhada pede-se ver que ali estão depositados desde plástico, papéis e materiais de construção, até objetos mais inusitados, como uma geladeira, um sofá, pneus e bancos de automóveis.

O presidente da Associação de Moradores do Bairro São Luís, Arlindo Buzzi, disse que o problema se repete com freqüência há pelo menos 3 anos. Ele pede para que as pessoas denunciem a colocação de lixo no local. Há, porém, quem consiga aproveitar a situação.

Massi Siberino da Silva, 70, vai freqüentemente ao local para coletar materiais recicláveis. Segundo Ronis Bosse, presidente da Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente (Fujama), a Prefeitura já gastou mais de R$ 7 mil, entre homens e máquinas, para limpar o local.

O terreno pertence a uma empresa de administração de imóveis. No dia 30 de abril a Fujama expediu uma notificação em que cobra dos proprietários a retirada do lixo e a construção de uma cerca em torno da área.

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A empresa tinha 30 dias para cumprir as exigências, mas pediu uma prorrogação do prazo por mais um mês. Se vencer o prazo, eles serão obrigados a pagar uma multa que pode chegar a R$ 1 mil por dia.

O responsável pela empresa, que não quis se identificar, disse que as providências estão sendo tomadas. Porém, questionou a posição da Fundama: “eu não tenho culpa se o povo é mal educado.”