A Câmara Brasileira do Livro (CBL) manifestou-se contra o aumento de 24% no preço do papel, anunciado pela Suzano Papel e Celulose e seguido pela International Paper. Segundo o órgão, o reajuste “gerará efeito em cascata nocivo na cadeia produtiva, aumentando os preços, desestimulando a leitura e onerando as famílias”. De acordo com reportagem do Valor Econômico, o texto foi enviado por meio de cartas à Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e à Associação Nacional dos Distribuidores de Papel (Andipa).
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Assinado pelo presidente da CBL, Luís Antonio Torelli, o documento pede que as associações dialoguem com seus associados e com os fabricantes de papel “a fim de que seja feita uma revisão desse reajuste, à luz do cenário nacional de desaceleração da economia, visando evitar um desequilíbrio preocupante do mercado neste momento”.
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De acordo com a CBL, o aumento gerará impacto no preço dos livros muito acima da inflação e da capacidade de assimilação pelo mercado. ¿Obviamente, as gráficas terão de repassar esse custo ao preço de seus serviços, onerando a impressão dos livros, numa conjuntura totalmente inoportuna, considerando a acentuada retração da economia nacional¿, diz Torelli.