Noite na floresta. Lua cheia. Mistério. Elementos que mexem com o imaginário infantil. Pode ser bom – divertido, curioso, desmistificador. Pode ser ruim – medo, choro, noite sem dormir. De qualquer maneira, os pequenos vão se interessar. Mas, acalmem-se, papais e mamães. É pelo universo positivo do tema que evolui Lua Cheia, lançamento da Salamandra, de autoria de Antoine Guilloppé.
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Há um certo suspense no ar com uivos pela noite na floresta. Todos se assustam – os bichos e os pequenos leitores também. As páginas avançam rapidamente. A leitura é rápida. Não mais do que três linhas por página. Aumenta a ansiedade, a curiosidade. “A raposa está inquieta”. Os cervos fazem vigília. Mas o que está acontecendo naquela noite de lua cheira, barulhenta e sombria na floresta?
Só dá para saber ao avançar ao final da obra. Mas o bem-estar é garantido. Os uivos são do bem. O pequeno leitor vai provavelmente soltar um risinho, quando chegar à última linha e, fatalmente, voltará ao começo. Com mais calma, mais atento às belas ilustrações, passará os olhos novamente na história.
Não há um grande enredo em Lua Cheia. Até crianças de quatro ou cinco anos entendem a história. O livro vale pelo universo do bom suspense e pela proposta de objeto-brinquedo. As ilustrações e sobreposições de páginas recortadas formam um atrativo a parte para a criança. Vale cada virada de página. E , no final, dá tudo certo
Lua Cheia, texto e ilustração de Antoine Guilloppé, Salamandra, 36 págs., R$ 54,90
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