Se você está em busca de uma história inspiradora, a jornalista Ana Lavratti apresenta 30 narrativas para inspirar a sua jornada. Com o livro “Você Mulher Ainda Melhor – memórias de quem faz história para inspirar sua próxima vitória”, a autora busca mostrar que é possível usar o passado para poder seguir em frente. São 320 páginas, diversas biografias e um propósito: evidenciar que o empoderamento feminino é possível pela diversidade. Afinal, para a escritora, é justamente a união de trajetórias diferentes que pode impulsionar a conquista de novos objetivos.

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Natural de Porto Alegre, mas catarinense de coração desde o ensino médio, Ana Lavratti conta que no começo da carreira como escritora incomodava-se com o padrão de sucesso imposto às mulheres. Se cada mulher possui uma trajetória diferente, por qual motivo o caminho para realização seria mesmo?

E foi essa pergunta que norteou o processo criativo e de investigação do livro lançado em março deste ano, em Florianópolis. O mês, é claro, foi escolhido pela celebração do Dia da Mulher.

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O amor individual aos diferentes relatos do livro, inclusive, dificulta que Lavratti possa indicar uma história para destaque.

– Tudo parte da minha premissa de que os dados informam, mas são os exemplos que transformam, porque a nossa mente é analógica, e podemos aprender com alguém que acumula sucessos, mas também com alguém que amarga fracassos. Por isso não consigo selecionar algum capítulo mais marcante, pois para mim todos são tocantes – conta a escritora.

Diferentes histórias, um desafio

Ao valorizar a diversidade de relatos, Lavratti fala sobre como as histórias de superação mostram um mesmo desafio a ser superado pelas mulheres. Para a autora, todas as mulheres – independentemente de sua trajetória – acabando enfrentando a mesma tendência: o padrão imposto pela sociedade de como devem ser ou agir.

Tendência que acaba demonstrando um ataque até mesmo “tentador” para algumas mulheres. De acordo com a escritora, é fácil perceber e observar mulhereres seguindo uma moda, seja de comportamento, de alimentação, de estilo.

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Portanto, ao apresentar diferentes histórias, a escritora busca também mostrar diferentes soluções para os problemas cotidianos.

– O que me faz transitar em diferentes nichos, convivendo com mulheres tão diferentes, é a certeza de que não preciso copiar ninguém. Posso ser autêntica, assumindo a minha simplicidade, que não pinto as unhas, não uso scarpin, e abdico de qualquer relação por interesse pela amizade com alguém interessante – diz a autora do livro.

Um recado para as novas gerações

Mãe de uma jovem de 15 anos, Ana revela que o compromisso em deixar uma mensagem para as novas gerações crescia na medida em que o livro ia ganhando forma. Toda vez que ela avançava em uma história, por exemplo, o desejo da própria filha de ler a obra fazia com que a escritora entendesse ainda mais a importância da missão de contar as histórias das mulheres de Santa Catarina.

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Quando terminou o livro, percebeu que tinha em mãos uma grande chance de repassar um desejo pessoal. A intenção da autora, como ela mesmo descreve, é de que as mensagens no livro possam fazer com que as mulheres não escondam mais as “asas” dentro de um roupão.

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– Já tive uma fase assim, recolhendo as asas pra ser mais caseira, mais mãe, mais esposa, mais conformada, e cheguei a ficar doente – revela Ana, ao expor um câncer que teve quando a filha era apenas um bebê.

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Ou seja, todo o objetivo do livro ganha uma nova dimensão quando serve de inspiração para que as novas gerações de mulheres nem seque pensem em terem a liberdade guardada dentro de um padrão.

Vice-governadora, CEO ou fotógrafa?

Lugar de mulher, todo mundo já sabe: é onde ela quiser. Por isso, o livro de Ana Lavratti mostra justamente a diversidade de cargos ou papéis que uma mulher pode conquistar. Do relato de Daniela Reinehr, vice-governadora de Santa Catarina, a autora destaca o tom pessoal transmitido pela política. Um lado que ainda não tinha sido revelado em discursos burocráticos ou de Estado.

O livro ainda conta, por exemplo, a história de duas CEO em tecnologia que simbolizam a superação. Uma delas, filha de empregada doméstica, e a outra, filha de pedreiro. Ambad com o mesmo discurso de enfretamento dos obstáculos. Narrativas que mostram o quanto as mulheres podem e devem ingressar em áreas consideradas antes como “masculinas”. E que assim, conseguem transitar entre classes sociais e aplicar o que o ditado diz: juntas, somos mais fortes.

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Interessadoas podem encomendar o livro no site da autora.

Sobre a autora

Jornalista multimídia, Ana Lavratti já trabalhou em TV, jornal, assessoria de comunicação e literatura. Entre cases, livros e e-books, é autora das biografias do comendador da comunicação, Antunes Severo, e da cantora lírica Rute Gebler. Seu livro de estreia, “Seus Olhos, depoimentos de quem não vê como você nunca viu”, teve a íntegra da renda revertida para a Associação Catarinense para Integração do Cego.

Mestra em Estudos da Tradução pela UFSC e membro da Academia de Letras de Biguaçu, teve outra obra biográfica, “Somos Centenários – memórias dos 100 anos da ACIF”, incluída na cápsula do tempo da Associação Comercial de Florianópolis, a ser aberta em 2115.