Um levantamento feito em nove postos de combustíveis da Grande Florianópolis aponta que o preço do litro da gasolina cobrado pelos estabelecimentos varia entre R$ 3,96 e R$ 4,29. A pesquisa, feita pela reportagem da CBN/Diário na manhã dessa quinta-feira, apurou quanto o motorista tem que desembolsar para comprar gasolina comum e etanol.

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Na ilha, até os tradicionais postos da Avenida Mauro Ramos que costumam comercializar os produtos com preços abaixo da média, aumentaram. Em um deles a gasolina comum custa R$ 4,04 por litro e o etanol, R$ 3,07. Em outro estabelecimento na mesma rua o derivado de petróleo custa R$ 4,08 e o combustível de cana-de-açúcar, R$ 3,29.

Outro posto, agora na Avenida Hercílio Luz, não comercializa etanol. Um frentista que não quis se identificar disse que há alguns meses não há estoque do produto porque “não tem demanda”. Lá a gasolina comum custa R$ 4,09.

Na região continental de Florianópolis, um posto vende álcool a R$ 3,19 e gasolina a R$ 3,97. Cerca de um quilômetro depois, na mesma rua do bairro Estreito, está o estabelecimento mais caro do levantamento: R$ 3,29 pelo litro do etanol e R$ 4,29 pelo da gasolina.

Para quem tem disponibilidade para circular pela Grande Florianópolis, pode ser mais fácil abastecer em áreas mais afastadas do Centro da Capital e até em outros municípios. Na Avenida Ivo Silveira, no bairro Capoeiras, está o posto mais barato do levantamento. Lá a gasolina custa R$ 3,96 e o etanol, R$ 2,89. Já em São José, um posto localizado na Avenida Presidente Kennedy cobra o mesmo preço no litro do álcool e um centavo a mais pelo litro da gasolina comum.

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Em Palhoça, um posto localizado na Avenida Aniceto Zacchi, no bairro Ponte do Imaruim, também aumentou os preços: a gasolina agora custa R$ 3,97 e o etanol, R$ 3,19.

Para os que dependem do automóvel para trabalhar, a alternativa é buscar a economia na forma de condução e manutenção do veículo. O técnico automotivo Fernando Azevedo diz que cuidados simples como manter os pneus calibrados e a revisão em dia pode garantir mais quilômetros rodados com um litro.

– A checagem tem que ser semanal, principalmente para quem roda muito, e não acreditar em mitos como os que dizem que andar com o ar condicionado ligado gasta mais ou que descer um morro com o carro em ponto morto faz o motor consumir menos. Em algumas situações, os vidros fechados e o ar ligado vai fazer que a aerodinâmica melhore e o esforço mecânico seja menor.

Além disso, quem tem carro bicombustível pode avaliar se compensa mais encher o tanque com gasolina ou etanol fazendo uma conta simples: basta multiplicar o preço do combustível de petróleo por 0,7. O resultado será o preço máximo que o álcool deve custar para valer a pena pro consumidor. Esse raciocínio é importante porque o derivado de cana tem rendimento cerca de 30% menor do que a gasolina.

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Reajuste nacional

O salto no valor da gasolina é reflexo do anúncio feito pela Petrobras na última segunda-feira, quando a estatal fixou reajuste de 2,3% na gasolina e 1,9% no diesel. A expectativa do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis) é de que até o fim de semana todos os postos já tenham feito o reajuste. Conforme o presidente do sindicato Valmir Espíndola, os empresários do setor já estavam há pelo menos dois meses segurando o preço.

Segundo Espíndola, a gasolina que custava R$ 3,02 em agosto já estava em R$ 3,51 atualmente. Ele destaca que quando o aumento repassado pela estatal ao empresário fica entre R$ 0,01 e R$ 0,02, o valor não costuma chegar ao consumidor final.