Permanece o alerta no Estado para possibilidade de chuva forte e frio intenso em diversas regiões nesse final de semana. A soma de precipitação deve ultrapassar a média do mês e chegar a mais de 100 milímetros, de acordo com a Epagri/ Ciram. O meteorologista do órgão Clóvis Corrêa disse que a região mais atingida, com grandes chances de alagamentos e deslizamentos, é o Litoral Sul, principalmente a região de Araranguá.

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Na tarde desta quinta-feira, ventos com velocidades em torno de 70 km/h já chegaram a áreas próximas à divisa com o Rio Grande do Sul e causaram estragos. Na cidade de Forquilhinha, no Litoral Sul, a cobertura da arquibancada do Estádio Pinheirão ficou destruída com a ventania. Mas, o pior período de chuvas e ventos fortes, segundo Corrêa, deve acontecer entre sexta e sábado.

– Há indicativo de chuva para Florianópolis e o Vale, mas não é considerável. Deve chover um pouco mais nessas regiões no domingo – explicou Corrêa.

A chegada da frente fria que trouxe alerta ao Estado já no começo da semana está mantendo as defesas civis municipais em monitoramento constante. André Zanoni, coordenador da Defesa Civil de Forquilhinha – que registrou a primeira ocorrência provocada pela mudança no tempo -, garantiu que a equipe está preparada e já fez ações preventivas. Além do destelhamento da arquibancada, nenhuma outra situação adversa foi verificada no município.

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– Conversamos com famílias em áreas de risco e já informamos que elas devem buscar um refúgio, caso seja necessário. Também vamos montar um local de abrigo se a previsão estiver correta – comentou Zanoni.

Expectativa é de mudança do tempo

A cidade de pouco mais de 24 mil habitantes tem um histórico trágico relacionado a enchentes. De acordo com Zanoni, há 15 dias o município sofreu com alagamentos, que desabrigaram duas famílias.

– No começo do ano desassoreamos o Rio Sangão e conseguimos evitar 50% dos alagamentos, mas eles ainda acontecem – completou.

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Araranguá também sofre com previsões do tempo como essa. O coordenador municipal da Defesa Civil, Paulo Roberto Oliveira, contou que sempre que a equipe recebe alertas como esse monitora frequentemente o nível do Rio Araranguá.

– Não temos como prever como vai ficar o nível do rio com essa quantidade de chuva prevista. Depende muito como as chuvas caem. Se ficam, por exemplo, concentradas nos costões, o rio enche e causa os alagamentos. Já sabemos as ruas que vai atingir e todos já estão preparados – revelou Oliveira.

Em 2009, em uma das piores enchentes registradas na cidade, o nível do rio chegou a quatro metros. Porém, apesar do alerta crítico para esse final de semana, a expectativa das duas cidades é que a previsão do tempo mude e que os temporais não se concretizem.

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