Pelo menos três cidades do Litoral estão envolvidas com a mobilização para participar do Dia D de combate ao Aedes aegypti. Entre elas Itajaí, que no ano passado ultrapassou mil casos confirmados de dengue e registrou a maior epidemia da doença em Santa Catarina. O Dia D no município será a primeira grande ação do ano contra a proliferação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus – os últimos mutirões aconteceram em novembro e dezembro de 2015.
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Além dos agentes comunitários de saúde e de endemias, 50 marinheiros vão prestar apoio às ações que ocorrem sábado, das 8h às 18h. Equipes de Itapema, com cerca de 47 pessoas, e Balneário Camboriú, com pelo menos 60 agentes, também irão para as ruas conscientizar e orientar a população sobre como eliminar e prevenir novos focos do mosquito.
As ações serão feitas de maneira similar em todos os municípios. Em Itajaí, o efetivo será dividido em equipes. Parte dos agentes vai atuar nos nove bairros infestados – Cordeiros, São Vicente, Cidade Nova, Barra do Rio, São João, São Judas, Vila Operária, Centro e Fazenda – com o objetivo de visitar as 14.123 casas que estavam fechadas na última semana. Esta etapa da ação ocorre das 8h às 12h e das 14h às 18h. O restante do grupo fica em pontos estratégicos da cidade, como semáforos, para distribuir material explicativo e informativo sobre o Aedes. Os pedágios estão previstos para acontecer das 10h às 13h.
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Em Itapema, cidade com 49 focos do mosquito, os trabalhos dão continuidade às visitas domiciliares feitas desde o ano passado. Segundo o secretário de Saúde, Everton Ricardo da Silva, o apoio de sete militares da Marinha do Brasil será fundamental para que os agentes consigam visitar imóveis onde os moradores não aceitaram a entrada das equipes de endemias. Voluntários, segundo Silva, ainda devem ficar em sinaleiras e nas entradas da cidade distribuindo material informativo sobre a proliferação e como deve ocorrer o combate ao mosquito.
– Estamos lutando contra o Aedes desde 2013 e percebe-se um aumento dos focos. Isto acontece por que as pessoas não levam a sério o combate ao mosquito. É difícil sensibilizar a comunidade – comenta Silva ao ressaltar que durante a temporada o trabalho dos agentes triplica.
– Temos muitos turistas e às vezes eles ficam nas casas cerca de 10 ou 15 dias. O agente passa e faz a orientação, mas quando ele vai embora, outro vem e o trabalho da secretaria de Saúde precisa ser refeito – conclui.
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Em Balneário Camboriú, onde as ações do Dia D também ocorrem das 8h às 17h, os agentes da Secretaria de Saúde contarão com o apoio de voluntários da Igreja Luterana e de dois marinheiros.
Conforme o secretário Eroni Foresti, neste ano já foram identificados 121 focos do mosquito na cidade. Ao todo, cinco casos de dengue estão confirmados, mas nenhum dos pacientes contraiu a doença no município. Foresti ainda revela que dos 111 casos suspeitos, 76 seguem aguardando o resultado – os demais deram negativo para as doenças transmitidas pela dengue.
– A dengue é um problema de educação. É preciso informar o maior número de pessoas possível. Só assim conseguiremos vencer o mosquito – avalia ao ressaltar que todos os voluntários vão auxiliar na distribuição de panfletagem.
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