Quase três em cada quatro pontos do Litoral de Santa Catarina (73%) com a qualidade da água analisada pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA) estão próprios para banho, conforme relatório publicado nesta sexta-feira (28), o primeiro desde o encerramento da temporada de verão no Estado. O percentual representa 173 locais apropriados para banhistas de 237 avaliados.

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No levantamento anterior, divulgado em 31 de março, eram 166 pontos apropriados, o equivalente a 70% de todos os analisados. Ainda naquela ocasião, Florianópolis tinha 66 locais próprios de 87 sob avaliação, índice que subiu para 70 (80,5% do total) no estudo mais recente, referente ao mês da abril.

Além da Capital, outros 26 municípios litorâneos são monitorados nos relatórios do IMA, englobando mais de 100 praias e balneários do Sul ao Norte do Estado.

As outras cidades são Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Balneário Camboriú, Balneário Barra do Sul, Balneário Rincão, Barra Velha, Biguaçu, Bombinhas, Garopaba, Governador Celso Ramos, Imbituba, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Joinville, Laguna, Navegantes, Palhoça, Passo de Torres, Penha, Balneário Piçarras, Porto Belo, São Francisco do Sul e São José.

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Dificuldades na alta temporada

O litoral catarinense apresentou dificuldades em manter uma maioria de pontos próprios para banho ao longo da última alta temporada. Em 23 de dezembro, dois dias após o início do verão passado, Santa Catarina tinha 122 locais inadequados para banhistas (51,5%).

Florianópolis manteve panorama semelhante e, na primeira semana de janeiro, chegou a bater o pior início de verão em termos de balneabilidade para as praias do Norte da Ilha de Santa Catarina em ao menos 21 anos, conforme identificou reportagem do NSC Total.

Ainda naquele período, as mais atrativas das cidades litorâneas do estado registraram surtos de diarreia associados à má qualidade de água, viram o setor turístico cobrar soluções para problemas históricos de saneamento básico e passaram a contar com uma maior frequência das análises de balneabilidade.

Como funciona a análise de balneabilidade

Para chegar ao seu veredito sobre a água ser própria ou não, o IMA faz uma análise baseada em uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que tem como parâmetro a bactéria Escherichia coli, achada no sistema digestivo dos animais de sangue quente.

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São colhidas cinco amostras da água em um mesmo ponto em dias diferentes, com um intervalo de ao menos 24 horas entre si: se ao menos quatro das coletas (80%) tiver até 800 Escherichia coli por 100 mililitros, o local é considerado próprio; caso não atenda a esse critério ou haja mais de 2 mil micro-organismos na amostra mais recente, ele é impróprio.

Durante a baixa temporada, caso agora de abril, o IMA divulga seus resultados mensalmente. Já durante o verão, isso ocorre uma vez por semana.

Veja o mapa da balneabilidade do litoral de Santa Catarina

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