Santa Catarina chegou a esta sexta-feira (3) com o seu melhor patamar de balneabilidade ao menos desde o início do verão: 167 pontos do litoral, o equivalente a 70,5% dos 237 locais analisados pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), fecharam a semana considerados próprios para banho. Outros 70 ainda seguem inapropriados para receberem banhistas, o que corresponde a 29,5%.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
O relatório mais recente do IMA identifica que 31 locais passaram da condição de impróprio para próprio em relação à semana anterior. Outros quatros pontos do litoral, no entanto, fizeram o caminho inverso.
Em Florianópolis, também houve melhora. Dos 87 pontos com coleta de água analisada pela IMA, agora 65 estão adequados para banho (74,7%). Na semana passada, eram 50 nesta condição (57,5%).
O litoral catarinense apresentou dificuldades em manter uma maioria de pontos próprios para banho ao longo desta alta temporada, o que tem melhorado apenas mais recentemente. Em 23 de dezembro, dois dias após o início do verão, Santa Catarina tinha 122 locais inadequados para banhistas (51,5%).
Continua depois da publicidade
Florianópolis manteve panorama semelhante e, na primeira semana de janeiro, chegou a bater o pior início de verão em termos de balneabilidade para as praias do Norte da Ilha de Santa Catarina em ao menos 21 anos, conforme identificou reportagem do NSC Total, com as praias de Jurerê Internacional, Jurerê, Canasvieiras e dos Ingleses impróprias para banhistas. As três primeiras estão agora liberadas, enquanto a última delas tem ao menos o trecho mais ao Norte considerado próprio.
Durante esse período, as mais atrativas das cidades litorâneas do estado registraram surtos de diarreia associados à má qualidade de água, viram o setor turístico cobrar soluções sobre problemas históricos de saneamento básico — o que, em Florianópolis, despertou um plano integrado da prefeitura — e passaram a contar também com uma mudança na frequência das análises de balneabilidade.
Para chegar ao seu veredito sobre a água ser própria ou não, o IMA faz uma análise baseada em uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que tem como parâmetro a bactéria Escherichia coli, achada no sistema digestivo dos animais de sangue quente.
São colhidas cinco amostras da água em um mesmo ponto em dias diferentes: se ao menos quatro das coletas (80%) tiver até 800 Escherichia coli por 100 mililitros, o local é considerado próprio; caso não atenda a esse critério ou haja mais de 2 mil micro-organismos na amostra mais recente, ele é impróprio.
Continua depois da publicidade
Até então, todas as cinco coletas que dão o veredito de cada ponto tinham intervalo de uma semana entre si. Isso agora caiu pela metade em 87 locais, que passaram a ter duas análises semanais, o que será mantido até 31 de março. Eles envolvem praias de Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Florianópolis, Itajaí, Itapema, Navegantes, Penha e Porto Belo, de maior apelo turístico.
A mudança não interfere na resolução do Conama, já que ela prevê um intervalo mínimo de 24 horas entre cada amostra, o que seguirá sendo atendido com esta nova frequência adotada.
Até então, quando um ponto apresentava duas coletas ruins seguidas, ele só poderia vir a ser considerado próprio em, no mínimo, quatro semanas, desde que, claro, tivesse uma amostra boa, com menos de 800 Escherichia coli por 100 mililitros, em cada uma delas.
Com a frequência dobrada em parte dos locais analisados, o período mínimo para que um ponto consiga se tornar próprio passa a ser de duas semanas, e não mais quatro, desde que, novamente, consiga emendar quatro coletas com menos de 800 Escherichia coli por 100 mililitros cada neste intervalo.
Continua depois da publicidade
Veja no mapa os pontos impróprios e próprios ao banho em praias de SC
Leia mais
Novidade na análise de balneabilidade das praias de SC tem tudo para frustrar prefeitos
Santa Catarina tem 3 praias de nudismo, maior número do Brasil