O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) informou, nesta sexta-feira (25), que 78 pontos analisados nas praias do litoral de Santa Catarina estão impróprios para banho. Os dados são do relatório de balneabilidade, realizado semanalmente pelo órgão durante o verão. Houve uma piora em relação aos números divulgados no dia 1º de fevereiro, quando 75 locais estavam inadequados.

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Apesar do ligeiro aumento, o índice é menor que o de 25 de janeiro, recorde da temporada (84 pontos impróprios). Este foi o décimo relatório divulgado. No início das análises semanais feitas pelo IMA nesta temporada, em 7 de dezembro de 2018, eram 49 pontos impróprios.​

A contaminação por esgoto doméstico é verificada pela contagem da bactéria Escherichia coli (E.c.) presente nas fezes de animais e que podem colocar em risco a saúde dos banhistas, explica o IMA.

Dos 85 pontos analisados em Florianópolis, 26 se apresentaram impróprios. Balneário Camboriú tem uma das situações mais críticas, com 13 locais poluídos (80% do total).

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As coletas foram realizadas de 4 a 8 de fevereiro nos municípios de Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Balneário Camboriú, Balneário Rincão, Barra Velha, Biguaçu, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Imbituba, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Joinville, Laguna, Navegantes, Palhoça, Passo de Torres, Penha, Piçarras, Porto Belo e São José.

Confira no mapa as praias com condições para banho em Santa Catarina:

Como é feita a análise de balneabilidade

A análise considera a presença de bactérias que podem ser nocivas à saúde dos banhistas e leva em consideração o conjunto das últimas cinco análises. Para que um ponto seja considerado impróprio, duas dessas cinco análises precisam ter resultados negativos — com mais de 800 coliformes por 100 mililitros de água. Outra possibilidade de o ponto não estar banhável é se em apenas uma coleta forem localizados mais de 2 mil coliformes por 100 mililitros de água.

Coleta é feita desde 1976

O boletim de balneabilidade é divulgado pelo governo desde 1976. O objetivo é mostrar quais áreas estão contaminadas ou não por esgoto doméstico. Para que a análise determine um resultado, os técnicos do IMA verificam a contagem da bactéria Escherichia coli (E.c.) presente nas fezes de animais de sangue quente. As coletas são realizadas nos pontos que recebem maior incidência de banhistas durante a temporada e também nos locais mais suscetíveis à poluição.