O número de pontos impróprios para banho no litoral catarinense subiu para 80 no relatório divulgado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) nesta sexta-feira (8). Na comparação com a semana anterior, sete pontos tornaram-se adequados para banho, enquanto outros seis perderam essa condição. Dos 229 locais de coleta, 149 seguem próprios para banho, o que representa 65,1% da amostragem realizada pela instituição.
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A cidade que tem mais pontos analisados é Florianópolis, com 85 ao todo. O percentual de locais próprios para banho no município é de 65,9%, número muito semelhante ao estadual. Mais da metade dos 29 pontos impróprios para banho na Capital se concentram nas regiões central e continental, além de quatro no Leste da Ilha, dois no Sul e 13 no Norte — inclusive com alguns em Jurerê Internacional e Canasvieiras.
Outro município muito frequentado durante o verão, Balneário Camboriú tem sete pontos impróprios para banho, quase metade dos 15 analisados. A situação mais crítica é na Praia Central, que há duas semanas tinha todos os dez pontos analisados sem condições para banho e agora diminuiu para seis. O outro local impróprio é na praia de Taquaras.
Apenas oito das 25 cidades pesquisadas tem todos os pontos considerados próprios para banho: Araranguá, Balneário Gaivota, Biguaçu, Imbituba, Itajaí, Jaguaruna, Laguna e Piçarras. Já o cenário contrário, de todos os locais impróprios, ocorre em Joinville e São José, que só têm coleta em um ponto.
Como é feita a análise de balneabilidade
A análise considera a presença de bactérias que podem ser nocivas à saúde dos banhistas e leva em consideração o conjunto das últimas cinco análises. Para que um ponto seja considerado impróprio, duas dessas cinco análises precisam ter resultados negativos — com mais de 800 coliformes por 100 mililitros de água. Outra possibilidade de o ponto não estar banhável é se em apenas uma coleta forem localizados mais de 2 mil coliformes por 100 mililitros de água.
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Coleta é feita desde 1976
O boletim de balneabilidade é divulgado pelo governo desde 1976. O objetivo é mostrar quais áreas estão contaminadas ou não por esgoto doméstico. Para que a análise determine um resultado, os técnicos do IMA verificam a contagem da bactéria Escherichia coli (E.c.) presente nas fezes de animais de sangue quente. As coletas são realizadas nos pontos que recebem maior incidência de banhistas durante a temporada e também nos locais mais suscetíveis à poluição.