Uma lista reúne os serviços psicossociais gratuitos ou a preço social que podem ser encontrados em Florianópolis. O guia foi organizado pelo Serviço de Atenção Psicológica (Sapsi), do curso de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. O objetivo é viabilizar o tratamento de pessoas que não possuem condições financeiras e não conhecem lugares mais acessíveis.
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De acordo com o Walter de Oliveira, professor do curso de psicologia da UFSC, o transtorno mental atinge qualquer classe social. Porém, dificuldades para acessar os recursos necessários para manter a saúde mental pode criar uma ansiedade, algo que ele chamou de “uma angústia a mais”.
A lista da UFSC conta com serviços municipais que estão disponíveis para a população em todas as cidades — como os Centros de Atenção Psicossocial — e também projetos da UFSC, e outras ações que cobram um valor social para atendimentos em Florianópolis.
Confira a lista da Rede de Atenção Psicossocial de Florianópolis
Saúde mental x recursos financeiros
O professor explica que pessoas com algum transtorno mental mas com condições financeiras desfavoráveis têm maiores chances de terem desequilíbrios multiplicados ou intensificados.
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— Se uma pessoa que está desempregada ou com problema de família e já tem uma propensão a qualquer desequilíbrio, você tem problema a não comprar o remédio, fazer esportes, ter telefone para achar onde é que você vai ser atendido, por exemplo. Todas essas faltas são coisas simples, que pra pessoas que tem essa vulnerabilidade começa a complicar — contextualiza o professor.
No entanto, os serviços psicossociais que chegam às pessoas mais pobres na Capital ainda são precários, pontua o professor. De acordo com Oliveira, entre as razões está a demanda — que aumentou após a pandemia — mas que sempre superou a estrutura oferecida.
— Você espera cinco horas pra ser atendido, uma precariedade que já é um novo problema. A pessoa vai ter que ser retirada daquele dia de trabalho, você vai ver que essas vulnerabilidades se multiplicam — exemplifica o profissional, que compara. — Ao contrário de pessoas que têm um padrão econômico, um seguro saúde ou vai direto no atendimento particular.
O professor destaca que além desses serviços estarem disponíveis, é necessário fazer com que a informação sobre eles cheguem às pessoas que precisam.
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