O serviço de limpeza na figueira centenária da Praça José dos Santos, do bairro Guamiranga, em Guaramirim, causou polêmica. Os moradores temem que a árvore possa morrer depois da remoção das trepadeiras e musgos, mas a Prefeitura garante que o trabalho tem o objetivo contrário.
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– Estamos salvando a figueira. Identificamos que muitos galhos estavam secando por causa da quantidade de parasitas que se instalaram ao longo dos anos – explica o secretário de Agricultura Pecuária e Meio Ambiente, João Valdemiro Dalprá.
A dona-de-casa Maria Albano da Silva, 65 anos, viu a figueira crescer e estranhou o trabalho de limpeza.
– Para nós é normal ver a planta como estava e ficamos preocupados por não saber se isso será bom ou ruim para ela – afirma.
O marido dela, Arcelino da Silva, 71 anos, nasceu no Guamiranga e garante que a figueira tem cerca de 105 anos.
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– Nunca vi limparem uma árvore. Só queríamos que nos garantissem que ela não vai morrer – destaca.
A limpeza da figueira está sendo feita pela empresa Chico Pinturas e Serviços em Geral e tem o acompanhamento do engenheiro agrônomo Luciano Tomazelli. O trabalho começou na quarta-feira da semana passada e deve ser concluído nesta sexta-feira.
Outra preocupação dos moradores é com a poda de alguns galhos e retirada de algumas bromélias, mas o dono da empresa que está realizando o serviço, Francisco da Silva, disse que apenas os galho secos estão sendo cortados e as bromélias destes galhos são removidas.
– Já fizemos este tipo de trabalho várias vezes. Nesta mesma árvore, fizemos a limpeza há 12 anos – destaca Francisco.
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O engenheiro florestal da Prefeitura de Jaraguá do Sul, Robin Henrique Pasold, esclarece que a limpeza vai ajudar a planta a se desenvolver.
– As figueiras suportam poda de até um terço de sua copa e a remoção dos parasitas garante uma vida mais longa para a planta – explica.
Outra figueira
Na praça 15 de Novembro, em Florianópolis, há uma figueira como a de Guaramirim. Ela teria nascido em 1871, dentro do jardim que existia em frente à Igreja Matriz. A figueira, já adulta, foi transplantada, por volta de 1891, para o local onde se encontra até hoje.