Cansados de esperar por uma solução para a Escola Senador Rodrigo Lobo, no Jardim Sofia, um grupo de pais buscou uma alternativa que garantisse o ensino dos filhos: a transferência. Só nesta terça, sete pais tiraram os filhos da escola que estava interditada desde a semana passada e os matricularam em outras instituições da cidade – a escola será reaberta nesta quarta depois de conseguir na Justiça derrubar a interdição da Vigilância Sanitária.
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A operadora de máquinas Patrícia Sipriani, de 29 anos, conseguiu a transferência do filho Pedro Henrique, de 6 anos, na tarde desta terça. Ele estuda na 1ª série e frequentava a escola à tarde. Agora, vai para a Escola Giovani Pasqualini Faraco, no bairro Santo Antônio.
– Não estou muito contente porque vou ter que pagar uma van para levá-lo e buscá-lo, mas foi a alternativa que encontrei -, diz Patrícia.
Uma vantagem apontada pela mãe é que na nova escola Pedro estudará em período integral. Durante a semana que ficou sem aula, a criança teve de ficar na casa de vizinhos para que a mãe pudesse trabalhar.
– Fica bem difícil. Nesta terça, pedi uma declaração da escola para levar ao meu trabalho explicando por que faltei. Não posso ser demitida e também não tem como contar com vizinho o tempo todo. É complicado para todos -, completa.
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Patrícia comentou ainda que acha uma falta de respeito com pais e alunos a situação da Rodrigo Lobo. Interditada durante uma semana, ninguém sabia dizer quando as aulas retornariam ou se iriam mandar os estudantes para outras instituições.
– É muito desorganizado. Deveria ter reuniões e nos avisarem sobre o que vai acontecer. Não podemos esperar por tanto tempo -, lamenta Patrícia.
Aos dez anos, Daniel Back de Oliveira, também estudante da Rodrigo Lobo, disse estar cansado de ficar em casa. Aproveita o tempo vendo TV e andando de skate. Quem cuida do pequeno estudante é a cunhada Pâmela Francieli de Ramos, 21. Dona de casa e com um bebê de um ano, Pâmela divide as tarefas do lar e os cuidados com as duas crianças.
– É ruim porque a gente não sabe quando as aulas serão retomadas. E também porque ele fica sem fazer nada e sente falta dos colegas e professores -, afirma.
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No bairro Adhemar Garcia, a Escola Paulo Medeiros também estava interditada até a tarde desta terça. Ao andar pelo bairro, era possível ver várias crianças e adolescentes passeando, andando de bicicleta ou marcando encontro com os amigos.