Ligas do samba de Florianópolis se unem para realizar o Carnaval de 2014

As ligas do samba da Grande Florianópolis, em reunião nesta sexta-feira, na Passarela Nego Quirido, decidiram se juntar para organização do evento a partir do carnaval do ano que vem.

Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf), Liga das Entidades Carnavalescas da Grande Florianópolis (Liesgrand) e a Liga dos Blocos (LBCAF) farão parte do mesmo grupo e as escolas de samba vão desfilar em três grupos: Grupo Especial, Grupo de Acesso e o Grupo de Acesso A, com os atuais blocos carnavalescos, agora considerados escolas de samba, de acordo com o presidente da LBCAF, Conrado Laurindo.

– Entramos bloco e saímos escola de samba. Vamos ter chance de brigar de igual para igual com as grandes e isto é muito importante – considerou.

Esta é a primeira iniciativa das ligas após a crianção de uma comissão específica pela Prefeitura de Florianópolis para planejar o evento de 2014 – o carnaval de 2013 foi cancelado por falta de recursos.

– Essa foi uma decisão inédita para o Carnaval de Florianópolis e que vai juntar todos em busca de um objetivo, que é a realização da festa – comemorou o presidente da Liesf, José Machado Pacheco.

Com a união, a ideia é que, em grupo, se negocie os direitos de transmissão e patrocínio do Carnaval da Capital, bem como os recursos públicos que serão destinados.

O exemplo de que as escolas começam a falar a mesma língua é que a briga que começou em 2012, quando o Amigos do Caramuru venceu o Grupo de Acesso e, por decreto da prefeitura, o colocou fora do Grupo Especial, também foi revisto.

– A gente abre mão da disputa pra desfilar no grupo principal e vai lutar pelo Acesso. A gente precisou apanhar e ver o carnaval deste ano cancelado. Quando não se aprende no amor, se aprende na dor. Foi preciso que o Carnaval não fosse realizado pra se dar conta que as divergências não iam levar a lugar nenhum – comentou o presidente da Amigos do Caramuru, Renato da Silva.

A proposta, que deve ser protocolada na próxima semana, inclusive, com a criação de uma comissão com representantes de cada liga, também pretende beneficiar as associações e blocos, que passariam a desfilar no Grupo Acesso A, com possibilidade de disputar no ano seguinte uma vaga no Grupo de Acesso.