Uma ação realizada pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), nesta quarta-feira, resultou em nove lacres feitos em imóveis onde foram identificadas ligações irregulares à rede coletora de esgoto, que ainda não está em operação no bairro.

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Os técnicos também orientaram os moradores das ruas visitadas (Antônio Joaquim de Freitas, Professor Airton Roberto de Oliveira, Antônio Costa, Acelon Pacheco da Costa e Jornalista Manoel de Menezes), para que mantenham suas fossas sépticas e sumidouros até que a rede pública seja interligada ao Sistema de Esgoto Insular e as ligações possam ser executadas.

A rede de coleta assentada no Itacorubi será interligada ao Sistema de Esgotos Insular, que terá ampliada a sua Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), localizada no aterro da Baía Sul, para atender a nova demanda, que inclui ainda os bairros Santa Mônica, Parque São Jorge, Córrego Grande e José Mendes. A expectativa da Casan é poder lançar esse edital ainda durante o verão que se aproxima. O investimento será de aproximadamente R$ 80 milhões, garante a companhia.

O morador só poderá fazer sua ligação à rede da Casan quando a ETE for ampliada e o usuário receber autorização da companhia. Antes disso, cada imóvel deve possuir tratamento individual, como por exemplo, fossa e sumidouro.

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— Ligações às redes que não estão em operação podem gerar extravasamentos de esgoto — explica o engenheiro sanitarista e ambiental Francisco Pimentel, chefe do setor operacional de esgotos da Casan em Florianópolis. A consequência, além do mau cheiro que se espalha na região, é o risco à saúde pública e o prejuízo à qualidade de vida na cidade.

Próxima parada dos técnicos é o Campeche

Na semana que vem a ação acontece no Campeche, onde também há rede de coleta assentada aguardando a construção da ETE do Rio Tavares para entrar em operação. Nesse caso a Casan já realizou licitação e a empresa vencedora é a Infracon, de Minas Gerais. O resultado da licitação e o contrato para execução das obras estão em análise pela Caixa Federal, órgão financiador do projeto, e pelo Ministério das Cidades.

A ETE será construída em terreno da Casan no Rio Tavares e receberá investimento de R$ 34,8 milhões, permitindo que entrem em operação, em uma primeira etapa, quase 45 quilômetros de rede já assentada no Campeche. O tratamento será do tipo terciário, considerado o mais completo. O prazo de construção será de 24 meses, e somente depois os moradores receberão orientação da Casan para fazer sua ligação à rede coletora. Como no Itacorubi, a ação de fiscalização da próxima semana vai abrir as caixas de inspeção das vias públicas e verificar de onde vem o esgoto clandestino.

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— No momento em que uma situação desse tipo for identificada, vamos notificar o infrator e lacrar a saída clandestina de esgoto para a rede pública — afirma o engenheiro Pimentel.

Orientações para regiões que não tenham redes de esgotos públicas ou onde elas ainda não estejam em operação

— Imóveis devem ter seu tratamento individual de fossa e sumidouro;

— Fazer periodicamente a manutenção do sistema individual. No caso de fossa, limpeza com auxílio de caminhão auto vácuo devidamente regularizado;

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— A caixa de gordura também deve ser limpa periodicamente, no máximo a cada seis meses, ou menos, dependendo do uso;

— No caso de serviço por caminhões limpa-fossa, o prestador pode limpar também a caixa de gordura;

— No caso de limpeza manual, o material sólido retirado da caixa de gordura deve ser colocado em um saco de lixo e descartado junto aos demais resíduos coletados pela Comcap;

— No caso de estabelecimentos como restaurantes a frequência de limpeza deve ser bem maior, em alguns casos até toda semana.

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