Os observadores da Liga Árabe chegaram na segunda-feira à cidade síria de Homs, mas não conseguiram realizar seu trabalho. Quem aponta o dedo contra as maquinações do ditador Bashar Al-Assad é o líder do principal grupo de oposição do país, Burhan Ghaliun.

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O Conselho Nacional Sírio (CNS) informou que alguns dos observadores estão na cidade sitiada, “mas eles dizem que não conseguem ir aonde as autoridades não querem”.

Ghaliun estaria buscando a intervenção da ONU e da Liga Árabe “para por um fim a esta tragédia” e pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para “adotar o plano da Liga e garantir que seja aplicado”. Na segunda-feira, 23 pessoas morreram na cidade após violentas combates.

No domingo, o CNS havia informado que Homs estava cercada e corria o risco de sofrer a “invasão” de cerca de 4 mil soldados mobilizados perto da cidade, que se tornou o foco do levante contra o presidente sírio.

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Os observadores devem supervisionar um acordo que tenta acabar com a repressão aos protestos, mas os atentados em Damasco contra prédios do governo, na sexta-feira, devem dificultar um acordo entre Al-Assad e a oposição.

A missão faz parte de um plano árabe, endossado pela Síria em 2 de novembro, que prevê a retirada das forças militares de cidades e distritos residenciais, o fim da violência contra civis e a libertação de presos.

A primeira equipe de logística da Liga Árabe desembarcou na quinta-feira em Damasco para preparar a chegada dos observadores da organização. O general sudanês Muammad Ahmed Mustafah al-Dabi coordena a missão. Desde que assinou o acordo, o regime de Al-Assad tem sido acusado de intensificar a repressão aos opositores.

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