Para a liderança da manifestação em Florianópolis e também na avalição da Polícia Militar, o protesto desta terça-feira, na Capital, deu certo. De acordo com a coronel Claudete Lehmkuhl, chefe da comunicação social da PM, a polícia julgou excelente a manifestação, sem qualquer ocorrência de vandalismo.
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E na opinião do integrante do Movimento Passe Livre (MPL), Jonathan Fúria, a última passeata foi uma prova de que a população de Florianópolis está disposta a ir para as ruas. Thálion Mibielli, também integrante do MPL, acredita que Florianópolis, cidade que há dez anos é palco da luta pela redução das tarifas do transporte público, vive um momento histórico.
A avaliação dos manifestantes
Os organizadores ressaltaram que um ponto a ser melhorado no protesto é a objetividade das pautas reivindicadas. Três reclamações, que foram levantadas pela liderança da manifestação, já estão claras, segundo eles: a tarifa zero do transporte público, trazendo também ao debate a Medida Provisória (MP) 617, de 31 de maio de 2013, que prevê a redução de 8% na passagem em isenção de impostos.
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Também, um novo modelo para o transporte público, que no embalo da formulação de um novo edital para concessionárias do transporte público na cidade, deverá ser discutido com o prefeito da Capital Cesar Junior em audiência pública, além da própria reclamação contra a criminalização dos movimentos e o desvirtuamento, pela mídia, das causas prioritárias.
Jonathan e Thálion afirmaram que novas pautas, como as que protestam contra a corrupção e a Copa do Mundo, são bem vindas, mas que precisam ser mais objetivas, com propostas de soluções. Eles pedem também maior engajamento às reivindicações já definidas.
A avaliação da Polícia Militar
A PM avaliou como excelente a manifestação. Segundo a chefe da comunicação social da Polícia Militar, a coronel Claudete Lehmkuhl, até mesmo os motoristas que esperaram parados no trânsito foram compreensivos com a situação. Claudete conta que o bloqueio da ponte, apesar de não ter sido divulgado pelos organizadores da passeata, já era esperado, e que não houve resistência policial porque, segundo a PM, a vontade de 10 mil pessoas que estavam se manifestando precisava ser repeitada. A coronel pediu somente que os participantes tenham mais cuidado com os carros em trânsito, evitando atropelamentos.
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