Líderes da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC) acusados de serem mandantes do assassinato da agente penitenciária Deise Alves, 30 anos, serão interrogados a partir das 9h desta quarta-feira por videoconferência no Fórum de São José.

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A conexão online é utilizada para evitar o deslocamento dos presos, que estão na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para onde foram transferidos por causa dos atentados a ônibus e unidades policiais em Santa Catarina, em fevereiro.

Será o terceiro dia das audiências que começaram na segunda-feira. Os quatro réus que vão ser indagados por meio da tela de um monitor são Evandro Sérgio Silva, o Nego Evandro, Rudinei do Prado, o Derru, Adílio Ferreira, o Cartucho e Gian Carlos Kazmirsk, o Jango.

O juiz Otávio Minatto e o promotor Jádel da Silva Júnior têm aprovado o andamento dos depoimentos pela videoconferência, que apesar de quedas no sinal mostrou-se eficiente ao longo dos dias.

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À tarde, estão previstos os interrogatórios presenciais dos presos Oldemar da Silva, o Mancha, e Marciano Carvalho dos Santos, acusado de atirar na agente.

A expectativa da Justiça é encerrar nesta quarta a fase de depoimentos, que poderá continuar pelos próximos dias caso seja necessário. Nesta terça-feira foram ouvidas 14 testemunhas de defesa, sendo uma delas em sigilo.

Para o promotor, ainda é preciso cruzar informações dos depoimentos e do processo para se manifestar sobre a continuidade do caso e principalmente decidir sobre os pedidos de liberdade feitos por advogados dos réus.

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Após os depoimentos, a Justiça vai decidir se os acusados irão ou não a júri popular pelo homicídio e formação de quadrilha.

Deise foi morta em 26 de outubro quando chegava em casa, no Bairro Roçado, em São José. Era mulher do então diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Alves.

A polícia afirma que o alvo da execução era Carlos a mando do PGC em razão do corte de regalias a detentos que havia liderado na cadeia.

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