Quatro líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), que estão na Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, deverão ser trazidos a Santa Catarina para acompanhar os depoimentos sobre o assassinato da agente Deise Alves.

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A determinação é do juiz Otávio Minatto, de São José, e saiu após o fracasso de realizar a audiência por videconferência ontem. O equipamento, do Ministério da Justiça, apresentou constantes quedas do sinal da internet.

Após pouco mais de duas horas de audiência e sucessivas interrupções, o magistrado optou por realizar depoimentos presenciais com todos os réus no Fórum de São José, mesmo ciente dos custos e riscos que a remoção poderá trazer. Isso deverá ocorrer durante quatro dias, se necessário, entre 8 e 11 de agosto.

O deslocamento dos presos que estão em Mossoró depende de aval do juiz federal de execuções penais daquele Estado. Caso seja atendido, poderão ser trazidos de avião do Exército ou da Polícia Federal até o Aeroporto Hercílio Luz.

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Como os presos estão sob custódia federal, a escolta nas ruas catarinenses inicialmente é feita por agentes e policiais federais. O aparato será grande, além de outras medidas de segurança para evitar tentativa de resgate ou mesmo comunicação com detentos que estão em Santa Catarina.

Desde o começo da audiência, alguns advogados dos réus tentavam suspendê-la, argumentando cerceamento da defesa pelo fato de estarem distantes deles.

– A distância, a dificuldade de contato com o preso e a ineficiência do sistema de videoconferência dificultam a defesa. Por isso, requisitamos que eles fossem ouvidos aqui – disse um dos 10 advogados presentes, Ricardo Alexandre Deucher.

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