A 19 meses das próximas eleições, os partidos de Joinville se movimentam e encontram dificuldades para definir os nomes dos seus pré-candidatos, principalmente, para a disputa por uma das 40 vagas da Assembleia Legislativa (Alesc). Querendo concentrar os votos do Norte do Estado em um único nome, pelo menos cinco siglas já precisam administrar conflitos com um número maior do que o previsto de interessados em concorrer.

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O caso mais emblemático é o do PSD de Joinville, que quer lançar no máximo dois candidatos. E, com dois deputados estaduais, Kennedy Nunes e Darci de Matos, a sigla vê Patrício Destro, vereador mais votado nas duas últimas eleições municipais, cogitar sair do partido caso não possa concorrer.

Assediado por outros partidos e com dificuldades para encontrar espaço para ser candidato, Destro vê lideranças estaduais pessedistas entrarem na discussão em busca de um consenso.

– Dei prazo de um mês para ajeitarem as coisas -, diz o vereador.

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O presidente do PSD de Joinville, Afonso Ramos, confia que a situação possa ser revertida.

– Estamos aguardando um convite do primeiro escalão do governo estadual. Isso

poderia resolver as coisas -, disse.

Se a situação é mais complicada no PSD, outras siglas como o PSDB e o PT, também vivem o clima de disputa pelas candidaturas, com a escolha passando ainda pela eleição dos respectivos presidentes de seus diretórios no município. De um lado, os tucanos pretendem lançar dois nomes à Alesc – um deles, o do deputado estadual Nilson Gonçalves, já está definido.

O outro nome deve ser o do vereador Fábio Dalonso, que entrou em acordo com o vereadorMaurício Peixer na disputa pelo comando do diretório tucano em Joinville. Como Peixer ficou com a presidência, a expectativa é de que Dalonso seja o segundo

candidato da legenda em 2014.

Já no PT, as três correntes da sigla têm aspirantes à presidência e a serem pré-candidatos. Como o nome de Adilson Mariano é dado como certo, a disputa pela segunda vaga da sigla está entre Manoel Bento e Francisco de Assis.

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Por enquanto, os petistas tentam costurar um acordo para que Assis vire presidente do partido, abrindo espaço para Bento concorrer.

– Ainda está longe. Conversamos, mas não decidimos nada. Isso vai acontecer ao longo do ano, junto com a eleição do diretório -, comenta Irio Corrêa, atual presidente do diretório, que também não se exclui como candidato.

Calmaria no PMDB e PT

A situação é mais calma no PMDB e PDT. Embora apresentem mais nomes do que pretendem ter de candidatos, as duas siglas ainda tratam o tema com tranquilidade.

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No PDT, a disputa está entre o vice-prefeito Rodrigo Coelho e o vereador James Schroeder. Embora os dois tenham intenção de concorrer, a situação pode vir a ser resolvida caso James tenha suas reivindicações feitas à Prefeitura atendidas.

– Não houve discussão ainda. Somos os pré-candidatos, mas é isso. Vamos sentar e conversar. Quem não for escolhido apoiará o outro -, diz James.

No PMDB, o presidente da Câmara de Vereadores, João Carlos Gonçalves, ainda não deu sinais de que quer concorrer a deputado estadual – ele teria um acordo com o deputado tucano Nilson Gonçalves para não disputar o cargo.

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Com isso, abriria o caminho para o secretário do Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, fazer dupla com Mauro Mariani, que concorreria a federal.

– É uma possibilidade forte que temos. Queremos eleger alguém da região e essa é uma boa chance -, comentou Osmari Fritz, presidente interino do partido.

Ex-prefeitos na disputa ao Congresso

Enquanto o processo de definição dos candidatos que lutarão por uma vaga na Alesc tende a ser mais complicado para os líderes partidários joinvilenses, na disputa por uma cadeira na Câmara de Deputados o cenário tem contornos mais definidos. A maioria dos pré-candidatos já é conhecida e pelo menos dois ex-prefeitos de Joinville estão no páreo.

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O ex-prefeito e ex-secretário de Estado de Educação Marco Tebaldi (PSDB) tentará a reeleição. Da mesma forma, o ex-prefeito Carlito Merss (PT), que hoje ocupa um cargo de diretoria no Ministério das Cidades, em Brasília, também deve entrar na disputa. Os dois serão os únicos nomes de seus partidos.

Enquanto isso, no PMDB da região Norte de Santa Catarina, a tendência é que Mauro Mariani concorra a mais uma reeleição, embora haja possibilidade de que ele venha a sair numa chapa majoritária pelo governo estadual. Na contramão, o PSD não tem nenhum nome claro para a disputa.

Como Kennedy Nunes, que era o mais cotado, já manifestou que não quer a vaga, a candidatura pode acabar caindo nas mãos de Patrício Destro.

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