Os portos catarinenses navegaram em mares revoltos, mas de uma maneira geral suportaram bem o difícil ano de 2015. Os terminais de Imbituba (1%) e Itapoá (12%) tiveram aumento na movimentação. Em Navegantes (-3%) e São Francisco do Sul (-5%) houve pequena queda. Itajaí foi o único que sofreu mais (-17%).

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O resultado, segundo o superintendente do porto de Itajaí Antônio Ayres dos Santos, se deve ao fato de que as cargas foram para outros terminais portuários. Mas outros fatores também prejudicaram. Fortes chuvas provocaram o assoreamento do canal de acesso, impedindo navios de maior porte de atracar.

As indefinições sobre a obra da nova bacia de evolução, área onde as embarcações fazem as manobras, também atrapalha. A boa notícia é que a empresa Triunfo, que venceu a licitação, recebeu nesta semana a autorização do governo para iniciar os trabalhos.

Vencer restrições ligadas a dragagens de aprofundamento e duplicação de rodovias também são importantes, diz Paulo Corsi, presidente do Porto de São Francisco do Sul. Por lá, o terminal voltou a operar celulose depois de 25 anos.

– Isso representa uma excelente oportunidade. Além disso, serão consolidados neste ano investimentos em infraestrutura, como a implantação de novos gates, sistema de iluminação e revisão do sistema elétrico, além de um novo sistema de videomonitoramento – afirma.

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De uma maneira geral, as perspectivas são positivas. Em 2015, o governo do Estado anunciou que o programa SC Acelerando a Economia – Edição Portos deve injetar R$ 7 bilhões em três anos.

– São clientes em potencial. Acredito que essa política econômica, que busca a integração e incentiva o investimento privado, deve gerar a expansão da atividade econômica de forma consistente – diz Osmar de Castilho Ribas, diretor-superintendente da Portonave.

Para Patricio Junior, presidente do Porto Itapoá, há também oportunidades na cabotagem, navegação entre portos:

– A modalidade é segura. O problema é que a nossa cultura ainda é de estrada, não temos cultura marítima.

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