A um mês e meio das eleições, “A Notícia” elenca as principais demandas da educação, saúde, segurança, infraestrutura e economia que os joinvilenses querem ver atendidas.
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A reportagem ouviu autoridades e representantes de entidades ligadas a essas áreas
EDUCAÇÃO
Ensino profissionalizante
A gerente regional de Educação, Dalila Leal, acredita que investir no ensino profissionalizante é o caminho para Joinville reduzir os índices de evasão escolar no ensino médio, que hoje é de 6,96%. Segundo ela, a principal razão que leva os alunos a largarem os estudos é a necessidade de trabalhar.
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Reforma e construção de escolas
Conforme Dalila, já está garantida via licitação a reforma de seis escolas. Entre elas, as escolas Maria Amin Ghanem (parcialmente interditada) e a Plácido Olímpio de Oliveira (interditada). Também há ordem de serviço para a construção de uma nova escola no bairro Vila Nova, na zona Oeste, e no bairro Parque Guarani, na zona Sul, com cerca de 800 vagas cada. A gerência regional de ensino pretende, ainda, construir mais duas escolas – está à procura de terrenos. A preferência é que uma delas seja no Aventureiro, bairro mais populoso do município.
Ensino integral
Para Dalila, o ensino integral também é uma demanda importante, já que amplia ainda mais o acesso das crianças e dos jovens à cultura corporal e possibilita um acompanhamento pedagógico diferenciado. Além disso, também colabora com os pais, que ficam mais tranquilos no trabalho por saber que os filhos estão na escola. No entanto, a gerente admite que é necessário repensar as atividades ofertadas no contraturno para conseguir atrair os jovens.
UFSC
O presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), João Martinelli, cobra mais agilidade nas obras do campus da UFSC. Ele chega a comparar o ritmo dos trabalhos da instalação da universidade na região à fábrica da BMW, que em bem menos tempo avançou muito mais. A entidade agendou reunião com a ministra Ideli Salvatti para o dia 25 para pedir explicações. A Acij também quer do futuro governador apoio político para dar sequência às obras.
INFRAESTRUTURA
Duplicação da Dona Francisca
Segundo Martinelli, a duplicação da rua Dona Francisca é uma reivindicação antiga não apenas da classe empresarial, mas de todas as pessoas que residem nessa região da cidade. A mobilidade está bem comprometida no local, especialmente nos horários de pico. O problema reside na falta de recursos do município especialmente para as desapropriações, por isso a necessidade de verba estadual. A previsão é de que o custo das desapropriações seja maior do que o próprio custo da obra.
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Fiscalização da duplicação da BR-280
Apesar de se tratar de uma obra federal, a comunidade de Joinville esperam que o próximo governador e sua equipe aumentem a pressão política junto ao Palácio do Planalto para que a duplicação da BR-280 efetivamente saia do papel. A Acij agendou reunião com a ministra Ideli Salvatti para o próximo dia 25 para discutir também sobre esse assunto. Ela é uma das principais interlocutoras do Estado junto ao governo federal para tratar da obra.
Desapropriações na Santos Dumont
O presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij, João Martinelli, lembra que a Prefeitura de Joinville não possui recursos para fazer o investimento e o dinheiro teria que vir do BNDES, por meio do governo do Estado. O grande problema, conforme Martinelli, é que o BNDES não financia as desapropriações, o que, na visão dele, não faz o menor sentido, já que dificilmente serão feitas obras urbanas sem desapropriações.
SEGURANÇA
Mais efetivo para a Polícia Militar
De acordo com o comandante da 5ª Região da Polícia Militar, coronel Benevenuto Chaves Neto, a principal necessidade da PM é o aumento no efetivo. Para ele, é inconcebível que em uma cidade do porte de Joinville, considerando os dois batalhões, o número de policiais não chegue a 600.
Mais efetivo para a Polícia Civil
O delegado regional Dirceu Silveira Junior diz que a presença de mais efetivo é essencial para a Polícia Civil colocar em prática projetos como a criação da 1ª Delegacia de Polícia no Centro e das delegacias especializadas em tráfico de drogas, homicídios e roubos. Para isso, ele calcula que seriam necessários mais 200 policiais. Outros 100 são necessários para agilizar e melhorar as investigações.
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Câmeras de segurança
O presidente da Acij, João Martinelli, também vê como prioridade a instalação de câmeras de segurança. Segundo ele, mesmo com a assinatura de um convênio entre a Prefeitura e o governo do Estado, que prevê a instalação de 200 câmeras, são necessárias pelo menos 400.
Ambulatório
Apesar de o ambulatório do Presídio Regional de Joinville já ter sido construído, a estrutura ainda não entrou em funcionamento porque falta o Estado comprar os móveis e os equipamentos
Mais efetivo no sistema prisional
O juiz corregedor do Presídio Regional de Joinville, João Marcos Buch, enxerga na falta de efetivo a principal necessidade da unidade prisional. Seria necessário no mínimo o dobro de agentes penitenciários atuando no presídio – hoje são 59 para cerca de 750 detentos. A diretriz nacional determina que haja um agente para cada cinco presos. No presídio, há um agente para cada 12 presos.
Presídio feminino
A construção de um presídio feminino é uma demanda. Hoje, segundo Buch, as detentas são tratadas como homens no Presídio Regional. A licitação está programada para este ano, com 280 vagas previstas.
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ECONOMIA
Maior fatia de recursos para Joinville
Joinville é o maior arrecadador de impostos do Estado. No entanto, aparece em 13º lugar quando se trata de receber recursos do governo do Estado. Segundo a presidente da Ajorpeme, Rosi Dedekind, é importante que esses recursos voltem para a cidade, para que esse dinheiro possa ser investido em melhorias para os joinvilenses.
Criação de secretaria para a pequena empresa
A presidente da Ajorpeme defende a criação da secretaria estadual da micro e pequena empresa. Segundo Rosi Dedekind, o segmento atualmente fica perdido no meio de todas as demandas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e não recebe a atenção devida.
Crédito para as micro e pequenas empresas
A Ajorpeme também pede a criação de taxas diferenciadas na concessão de crédito para micro e pequenas empresas e para o empreendedor individual. Segundo a presidente da entidade, Rosi Dedekind, os empresários desse segmento precisam de um tratamento justo quando o assunto é crédito, como prazos maiores para pagar os empréstimos.
SAÚDE
Novo hospital
Uma das reivindicações do presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), João Martinelli, é a construção de um novo hospital estadual de referência na cidade, com 300 leitos, que ajude a desafogar o atendimento no São José.
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Melhor gestão
A presidente da Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa (Ajorpeme), Rosi Dedekind, observa que antes de ampliar os três hospitais estaduais de Joinville (Hospital Hans Dieter Schmidt, Hospital Infantil Doutor Jeser Amarante Faria e a Maternidade Darcy Vargas) ou construir um novo, o mais importante é ter neles uma boa gestão.
– A gente acredita que não adianta construir mais hospitais se não conseguimos nem reformar os que já existem – afirma Rosi.