
No lugar de montes de lixo, muitas e muitas árvores
Onde havia montes e mais montes de lixo, hoje há flores e mais de cem árvores. Essa transformação se completou em 2009, na rua conhecida pelos moradores do Boa Vista como avenida ecológica Beira-mangue.
Continua depois da publicidade
As mudanças incluem calçadão, que são um convite a caminhadas. Mas tudo começou em agosto de 2007, quando a Associação Comunitária Monsenhor Boleslau, soldados do 62º Batalhão de Infantaria e moradores fizeram uma limpeza da rua Aubé até a altura da Fundição Tupy, passando pela beira-mangue e ruas laterais.
O resultado foi surpreendente. Dez caminhões foram cheios com todo tipo de lixo. O presidente da associação, Joacir Siqueira de Souza, lembra que foram recolhidos mais de 50 tubos de aparelhos de TV, 300 pneus, 50 sofás e outros móveis.
Em 2009, outro passo gigante na conscientização ambiental da comunidade. Foram plantadas 100 mudas de árvores diversas na avenida Beira-mangue. Em 2010, 35 dessas mudas foram replantadas. Hoje, raramente se vê lixo jogado nesta região. Os moradores cuidam e defendem o espaço. Até canteiros existem no local, e é com orgulho que Joacir aponta a densa área verde margeando a avenida.
Continua depois da publicidade
Esse trabalho, destaca o líder comunitário, mudou a forma de os moradores verem o espaço em que moram. Mas Joacir quer ampliar os cuidados com o bairro. Ele mostra uma série de ofícios encaminhados à Câmara de Vereadores e à Prefeitura de Joinville com solicitações neste sentido.
Um dos pedidos é pela conclusão da avenida Beira-mangue, “para que esta obra tenha, efetivamente, resultados positivos no trânsito da rua Albano Schmidt“. A associação também pede a limpeza e a conservação dos manguezais, com placas de conscientização e um disque-denúncia em toda a extensão da avenida Beira-mangue e da orla do rio Cachoeira.
A comunidade também quer um ponto de entrega voluntária, para recolher o lixo pesado que não é coletado pela empresa responsável. Como se percebe, quando a transformação começa, é impossível parar.
Grupo tem foco na prevenção
Na reunião com lideranças comunitárias do Boa Vista no dia 10 de junho, o tenente Rui, coordenador do Grupo de Atividades Preventivas e de Conscientização (GAPC), ligado à Polícia Comunitária, do 8º BPM, elogiou o trabalho que vem sendo feito pelo Conselho de Segurança (Conseg) do bairro.
Continua depois da publicidade
O policial já tinha recebido um documento detalhando seis questões mais urgentes nesta região. Membros do Conseg acompanham as ações a serem desenvolvidas junto a instituições e lideranças.
Tenente Rui tem a meta de ir a todos os bairros para falar sobre prevenção. O GAPC existe há um ano e, embora ainda sem a estrutura necessária, está conseguindo se reunir com lideranças comunitárias em toda a cidade. Ele acredita que a essência do policial não deve ser a repressão, mas a prevenção, e é neste sentido que o grupo trabalha.
O policial destacou que o levantamento feito pelas lideranças do Boa Vista coincide com as informações recebidas de toda a cidade pelo GAPC. Os maiores problemas nos bairros são de furtos e roubos. No Boa Vista, essas questões estão no ranking de prioridades na área de segurança.