Um dia depois de a União Europeia anunciar novas sanções ao Irã, o líder da República Islâmica, Ali Khamenei, declarou nesta terça-feira que o país persistirá em seu programa nuclear. As sanções foram classificadas como “irracionais” pelo Ministério das Relações Exteriores.

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– Eles (os ocidentais) dizem que as pressões tendem a levar o Irã para a mesa de negociação, mas nós nunca permitiremo – disse o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, citado pela televisão estatal.

– O verdadeiro objetivo desses que apresentam esta fórmula de propaganda política é levar a nação iraniana a capitular nas negociações. Mas nós os respondemos: são fracos demais para serem capazes de forçar o povo iraniano a se ajoelhar diante de vocês – acrescentou.

E alertou ainda:

– Os líderes europeus ainda vivem no século XIX e em tempos coloniais (…), mas eles devem saber que a resistência do povo iraniano ainda vai criar problemas.

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Para o porta-voz da diplomacia iraniana, as sanções unilaterais contra o Irã adotadas pelo Ocidente sob o pretexto do programa nuclear “são ilegais, irracionais e desumanas”.

– A verdadeira razão destas sanções é a independência iraniana. Mesmo se a questão nuclear for resolvida, eles (os ocidentais) vão criar outras questões para pressionar o Irã – afirmou Ramin Mehmanparast, porta-voz do Ministério iraniano das Relações Exteriores em seu encontro semanal com a imprensa.

Os ministros europeus estrangeiros, reunidos na segunda-feira em Luxemburgo, adotaram novas sanções que se somam a outras, entre elas o embargo às transações de petróleo, que entrou em vigor em julho.

A UE ataca o sistema financeiro com a proibição de qualquer transação entre os bancos europeus e iranianos, com isenções dadas caso a caso, a fim de permitir a continuação do comércio legítimo.

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A isto se somam sanções contra o Banco Central iraniano, novas restrições ao transporte de petróleo e a proibição da importação de gás iraniano.