O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, acusou nesta terça-feira Israel de estar cometendo um “genocídio em Gaza”. Ele também pediu ao mundo islâmico que arme os palestinos para lutar contra o regime sionista.

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– Um cachorro raivoso está atacando pessoas inocentes, crianças que perderam a vida. O que os líderes do regime sionista estão fazendo é um genocídio, uma catástrofe histórica – declarou Khamenei em discurso coincidindo com o fim do Ramadã. – O presidente americano lançou uma fatwa (no islã, termo para um pronunciamento legal feito por um líder) para desarmar a resistência palestina para que não possa responder a estes crimes. Nós dizemos o contrário: o mundo inteiro, e, em particular o mundo islâmico, precisa armar o máximo possível o povo palestino – acrescentou.

Em conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Barack Obama afirmou que qualquer solução de longo prazo do conflito entre israelenses e palestinos passa por “desarmar os grupos terroristas e desmilitarizar Gaza”. O Irã não reconhece a existência de Israel e apoia os grupos islamitas palestinos Jihad Islâmica e Hamas, contra os quais Israel lançou, no dia 8 de julho, uma ofensiva em Gaza. Mais de 1,1 mil palestinos foram mortos, em sua maioria civis, assim como mais de 50 soldados israelenses. As autoridades iranianas dizem ter entregado aos palestinos a tecnologia para fabricar mísseis utilizados contra cidades israelenses.

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Nesta terça-feira, os ataques já mataram 26 palestinos – quatro das vítimas são crianças. Do lado de Israel, cinco soldados morreram ao longo do dia. As mortes distanciam a possibilidade de um cessar-fogo do conflito, que já dura três semanas.

De acordo com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, os esforços internacionais por uma trégua devem conduzir ao desarmamento do grupo palestinos Hamas:

– Todo processo para resolver a crise em Gaza de maneira duradoura e relevante deve levar ao desarmamento do Hamas e de todos os grupos terroristas – disse Kerry, que afirma que a trégua também ofereceria a Israel os meios de responder à ameaça representada pelos ataques a partir dos túneis.

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Usina de de energia elétrica de Gaza é atingida durante bombardeio

Foto: Mahmud Hams/AFP

*AFP