O deputado José Nei Ascari (PSD), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim do voto secreto na Assembleia Legislativa, apresentou parecer sobre o tema na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na última terça-feira.

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Favorável ao voto aberto em todas as deliberações, o pessedista reforçou o coro que pretende extinguir o voto secreto na Assembleia. O deputado Aldo Schneider (PMDB), porém, pediu vista porque não teria ainda convicção sobre a proposta, adiando uma decisão para a próxima semana.

– Eu ainda quero conhecer bem o teor do voto do deputado Ascari e me informar com o Senado se haverá alteração na proposta aprovada pela Câmara dos Deputados. Mas quero deixar claro que sou favorável ao voto aberto – disse Schneider.

Schneider afirmou ser contrário apenas ao voto aberto em deliberações para cassação de mandato de governador. Na visão do deputado, o legislativo deve ter liberdade para debater sobre determinados assuntos sem sofrer pressão da opinião pública e da imprensa.

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– Às vezes as pessoas querem a cassação de um governador sem atentar para as provas. Uma vez execrado pelo público, o suspeito é logo taxado de culpado. A imprensa diz que tem que cassar e o povo acaba concordando, sem considerar as investigações.

O parlamentar também acredita ser mais sensato aguardar pela decisão do Senado sobre a PEC, pois o que for determinado em nível federal deverá repercutir nos governos estaduais e municipais.

No começo de setembro, a Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade a PEC que determina o voto aberto em todas as votações do Congresso Nacional. Na manhã desta quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado também aprovou a PEC, que agora segue para o plenário da Casa para ser votada pelos senadores.

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