O líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), defendeu, nesta terça-feira, que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), troque o relator do recurso do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) foi escolhido para relatar o pedido contra o andamento do processo que pede a cassação do mandato.

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Pauderney disse que Serraglio deveria ter escolhido um parlamentar neutro, “que mostrasse imparcialidade” no caso. Fonseca já fez declarações no plenário e no Conselho de Ética contra a condução do processo disciplinar.

— Sugiro ao presidente da CCJ que recue e designe um relator isento — apelou Pauderney.

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Caso não consiga convencer Serraglio a mudar a relatoria, Pauderney disse que o caminho será arregimentar votos para derrotar o parecer de Fonseca e trazer o quanto antes o pedido de cassação ao plenário.

O líder do DEM acredita que a escolha de Fonseca pode conturbar o processo, que corre agora um risco real de voltar à estaca zero no conselho.

— Prevejo muito tumulto — afirmou.

A escolha de Serraglio causou surpresa entre os parlamentares que circularam nesta terça pelos corredores da Câmara. Na véspera do anúncio do relator do recurso, deputados diziam que o peemedebista havia pensado nos nomes de Max Filho (PSDB-ES) e Danilo Forte (PSB-CE).

Alguns parlamentares acreditam que a escolha do presidente da CCJ foi “imposta” por “forças externas” e já avaliam que há uma operação em curso para adiar a votação da cassação de Cunha para depois do período de eleições municipais.

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*Estadão Conteúdo