O presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Blumenau e região, Emílio Schramm, manifestou-se sobre os bloqueios nas rodovias estaduais e federais de Santa Catarina. Ele pediu uma reflexão aos empresários sobre os atos dos manifestantes que não aceitam o resultado da eleição presidencial. Reforçou que é tempo de “pregar a harmonia”, seguir a vida e pensar na economia.
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O protesto que atinge mais de 70 pontos de rodovias e estradas catarinenses começou no domingo (30), depois que o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), perdeu a disputa presidencial para Lula (PT). Desde então, os bloqueios impedem pessoas de ir e vir e o deslocamento de caminhões carregados de alimentos, vacinas e combustíveis.
A Justiça Federal em Santa Catarina já atendeu ao pedido da Advocacia-Geral da União (AGU, determinando que sejam adotadas as “medidas necessárias e suficientes ao resguardo da ordem pública e da livre circulação de veículos nas rodovias”.
Porém, enquanto a situação não é normalizada, entidades e autoridades pedem bom senso. Emílio Schramm lembrou que esta época de fim de ano é a melhor para as vendas e que, apesar de grande parte do Estado ter votado em Jair Bolsonaro (PL), é preciso “respeitar o resultado”. Leia a nota completa:
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“Gostaria de fazer uma reflexão a todos os empresários. Especialmente ao segmento do Comércio, pois nos deparamos com a melhor época de vendas, e consequente faturamento. Nós catarinenses votamos majoritariamente pela reeleição do Presidente Jair Bolsonaro (PL). Infelizmente não conseguimos a vitória ao pleito nacional, mas precisamos respeitar o resultado”, diz a nota.
“Vamos mostrar que sabemos respeitar a vontade dos brasileiros, e a vida segue. Precisamos pregar harmonia, paz e amor ao próximo para que tenhamos um futuro bom. Meu sentimento diz que devemos continuar a fazer o que sabemos: ser exemplo”, finaliza Schramm.
Bloqueios “inconsequentes”, diz Acib
Segundo o presidente da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Renato Medeiros, o último dia do mês costuma ter faturamento maior nas indústrias. Com mão de obra e a chegada de matérias-primas prejudicadas em alguns casos, há risco de prejuízo para as operações. O dirigente diz que há compromissos a serem cumpridos e que é preciso serenidade para seguir em frente e rodar os negócios.
— Essa paralisação é inconsequente — criticou o líder empresarial.
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