Os supermercados de Santa Catarina podem passar a boicotar indústrias do próprio Estado que recebam subsídios federais para operar, mas que não repassem o valor dos benefícios em descontos nos preços para os consumidores. A ideia é do presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Francisco Antônio Crestani.

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Ele tratou do tema em entrevista à CBN Floripa nesta sexta-feira (17), ao ser questionado sobre um pedido que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez na semana passada para que os supermercados reduzam a margem de lucro em meio à alta geral de preços.

Alinhado ao presidente, Crestani disse que o setor já tem feito isso e colocou parte da culpa dos preços altos nas indústrias, que, segundo ele, tem incorporado supostos subsídios aos lucros. O empresário não detalhou, no entanto, de quais subsídios se tratam nem quais indústrias estariam sendo beneficiadas.

— Nós vamos começar a fazer boicote nas nossas prateleiras às indústrias catarinenses que receberam subsídios e não repassaram. Eu acho que nós temos que dar um choque nessas indústrias — disse ele, que afirmou ter se reunido com Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar do tema com outros líderes do setor recentemente.

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Questionado sobre quando ocorreria esse boicote, Crestani disse que a ideia ainda seria levada a um evento em Joinville que reunirá empresários do setor na próxima semana para ser discutida e, eventualmente, colocada em prática.

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