O presidente da Assembleia Nacional venezuelana Juan Guaidó se autoproclamou "presidente encarregado da Venezuela" na tarde desta quarta-feira (23). O objetivo é tirar do poder do presidente Nicolás Maduro, que enfrenta protestos em Caracas.

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— Juro assumir formalmente as competências do Executivo Nacional como o presidente encarregado da Venezuela para conseguir o cessar da usurpação, um governo de transição e ter eleições livres — manifestou Guaidó no palco armado em Chacao, ao leste de Caracas.

Guaidó foi reconhecido como presidente da Venezuela pelos Estados Unidos (EUA), pelo Canadá e pela Organização dos Estados Americanos (OEA) ainda nesta tarde.

— Sabemos que isso vai ter consequências. Mas não vamos permitir que se desinfle esse movimento de esperança, que seguirá ainda por dias, semanas ou meses, e por isso peço a todos os venezuelanos que juremos como irmãos que não descansaremos até alcançar a liberdade — completou Guaidó.

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O presidente da Assembleia Legislativa anunciou que, no próximo fim de semana, serão apresentados o plano de anistia e o programa para a transição que se dará caso seja possível remover Nicolás Maduro do cargo. Contou que a Assembleia Nacional esteve trabalhando "incansavelmente" nesse projeto nos últimos dias.

Disse ainda que contava com o apoio do "chavismo dissidente" e que não haveria perseguição num momento "de união para o bem de nosso país". E afirmou que, no próximo domingo, a Venezuela seria já um outro país e pediu que todos o acompanhassem cantando o hino nacional, que começou então a ser executado.

Mais cedo, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano tinha determinado ao Ministério Público que investigasse criminalmente os integrantes do Parlamento, de maioria opositora, ao acusá-lo de usurpar as funções do presidente Nicolás Maduro.

— Exorta-se ao Ministério Público, ante a objetiva materialização de condutas constitutivas de tipos delitivos (…), para que de forma imediata proceda a determinar as responsabilidades dos integrantes da Assembleia Nacional — destacou o TSJ em uma declaração lida à imprensa.

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