O ex-atacante Lico é o representante de Santa Catarina no evento que expõe a taça da Copa do Mundo neste domingo, das 9 às 21 horas, no CentroSul, em Florianópolis. Lico não chegou a vestir a camisa da Seleção Brasileira, mas muitos acreditam que ele deveria ter jogado a Copa de 1982 na Espanha. Continua depois da publicidade
Na época, foi multicampeão com o Flamengo, que para o time de Telê Santana cedeu Zico, Leandro e Júnior. O ex-atacante nasceu em Imbituba e também tem história no Estado: começou no América, de Joinville, e passou por Figueirense, Avaí e Joinville. Lico tem quatro títulos catarinenses no currículo: três pelo JEC e um pelo Alvinegro.
Apesar de ter passado por três clubes no Estado, é de Joinville que ele guarda as melhores lembranças. No bate-papo com o “AN”, citou o América como clube do coração e afirmou que o JEC o projetou depois do tricampeonato estadual. Continua depois da publicidade
Do JEC, guarda também mágoas por ter deixado o clube em 2001, segundo ele, sem reconhecimento. AN – Como você recebeu o convite para estar perto da taça?
Lico – O J.B. Telles me procurou dizendo que precisava de um jogador do Estado que fosse campeão mundial. Recebi o contato com muita felicidade. Isso engradece qualquer pessoa e, certamente, vai me marcar muito. É algo do qual todos gostariam de participar, principalmente por representar o nosso Estado. AN – Este convite apaga um pouco a frustração de não ter ido à Copa do Mundo de 1982?
Lico – A gente não pode lamentar muito a não convocação, mas, sem dúvida, preenche um pouco daquele vazio. Isso mostra que você foi útil ao futebol e acho que eu teria espaço naquela Seleção, assim como outros jogadores do Flamengo. Acho que a Seleção que não tinha espaço para ninguém era a de 1970. AN – Você se considera um dos jogadores injustiçados em 82?
Lico – Claro, tranquilamente. Me considero injustiçado porque estava no auge da minha carreira, em uma fase espetacular, tinha experiência e já conhecia os jogadores. A equipe estava entrosada. Eu me dava muito bem tanto com o Júnior pela esquerda quanto com o Leandro pela direita. Acho que faltou ter me dado uma chance naquele momento, assim como faltou para o Tita, o Andrade e o Raul, que deveria ser o goleiro. AN – O Flamengo de 1981 foi o melhor time em que você jogou?
Lico – Não foi só o melhor time em que joguei, mas era um dos melhores do mundo. O Flamengo tinha um time formado por oito jogadores da base. Da equipe que foi campeã do mundo, só eu, o Raul Plassmann e o Marinho éramos de fora. Foi realmente um time que marcou época na história do futebol mundial e eu tive a felicidade de estar neste elenco. Continua depois da publicidade AN – Qual foi o seu momento mais marcante no futebol de SC?
Lico – O mais marcante foi o início da minha carreira no América, de Joinville, com 17 anos. Lá eu tive toda minha formação, todo um aprendizado com jogadores experientes, como Beto Fuscão, Laerte, Marcos e Fiorezi. O América me marcou muito e virou meu time do coração. AN – E como foi sua passagem pelo Joinville?
Lico – Com o Joinville eu tive minha maior identificação no Estado porque eu joguei lá três anos e fui tricampeão catarinense. Fui também vice-artilheiro num ano e artilheiro em outro ano. Mas os três clubes que joguei (Joinville, Figueirense e Avaí) foram muito representativos para mim, pois todo clube que você defende até atingir um status maior em um grande clube – como foi meu caso com o Flamengo – serve de aprendizado. Os clubes me deram um alicerce para que eu pudesse chegar lá. Devo agradecer a cada um deles por isso. AN – Como está sua relação com o Joinville?
Lico – Não tenho mais relação com o Joinville. Desde que saí, em 2001, não tive mais contato. Naquela época, trabalhei como gerente de futebol, montamos dois times campeões, mas quem apareceu foram apenas os atletas e o treinador. Buscamos jogadores como Zé Carlos, Fabrício, Doriva, Perdigão, Romeu, Selmir e nada disso nos ajudou. Em 2001, eu e o Pingo montamos a chapa que elegeu o Mauro Bartholi, nos prometeram uma série de coisas e elas acabaram não acontecendo. AN – Qual é sua atividade no momento?
Lico – Faço um trabalho social em Palhoça e outro em Imbituba. Temos de 30 a 40 meninos que vamos tentar formar como atletas usando a nossa experiência no futebol. Continua depois da publicidade AN – Você ainda cogita voltar a trabalhar no futebol com gerente de algum clube?
Lico – Sim, eu avaliaria um convite com muito carinho. Fiquei afastado do futebol desde que saí do Joinville, mas estas coisas acontecem no esporte. Acho que o futebol está precisando de gente experiente para dar tranquilidade aos atletas nos momentos decisivos. Para ver a taça Há duas formas de ver a taça, que estará exposta domingo, das 8 às 21 horas, no CentroSul Centro de Convenções, em Florianópolis. COM AGENDAMENTO Agendar a visita é a forma mais indicada para ver a taça. Para isso, entre no site da Coca-Cola (www.cocacola.com.br), clique no banner da promoção, cadastre-se e siga as instruções. SEM AGENDAMENTO É possível ir ao local e ver a taça sem agendamento. Mas a preferência é para quem agendou a visita. Por isso, há risco de enfrentar filas em caso de não agendamento da visita à taça. Continua depois da publicidade Onde ver CentroSul – Av. Governador Gustavo Richard, 850, Florianópolis.