Um mês depois de ter prorrogado a concessão do transporte coletivo com as empresas Gidion e Transtusa até o meio do ano, o prefeito Udo Döhler (PMDB) admite que terá de ampliar ainda mais o prazo antes de lançar o edital para a contratação das novas empresas que irão operar o sistema. A justificativa para o atraso é o pedido do Movimento Passe Livre (MPL) de que sejam feitas pelo menos 14 audiências públicas para discutir o edital.
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-Não vamos mais apressar as coisas, nem nesse assunto e nem na LOT. Se é para discutir, iremos discutir com calma. O MPL quer 14 reuniões, sugerimos fazer oito, mas se o objetivo é debater, iremos debater e levar todas as opiniões muito a sério. Mas com isso, só se descer o santo para conseguirmos lançar o edital sem esticar a concessão um pouco mais-, explica o prefeito Udo Döhler (PMDB).
Atualmente, o contrato com a Gidion e a Transtusa vale até o dia 8 de julho de 2014, depois de ter sido aditivado pela Prefeitura de Joinville por 180 dias no começo de janeiro. A atual permissão foi concedida em 1999, durante a administração Luiz Henrique.
Junto com a nova prorrogação do contrato com a Gidion e a Transtusa, que deve ocorrer somente quando o outro prazo estiver próximo do fim, o prefeito também revelou que irá contratar uma nova empresa para auxiliar no processo da realização das audiências públicas, coleta de dados e da realização do edital de licitação. Além disso, será formada uma comissão de servidores públicos para auxiliar na tarefa.
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-Não faremos audiência de mentirinha. Queremos ouvir as pessoas e levar em consideração todas as opiniões. Então, vamos formar uma boa base para tirar o melhor possível de proveito deste estudo-, comentou o prefeito.
Além do edital, a Prefeitura terá que lidar com outros problemas relativos a concessão. Embora Udo diga que não reconhece, as empresas Gidion e Transtusa possuem um documento do ex-prefeito Carlito Merss (PT) reconhecendo uma dívida de R$ 125 milhões com as duas empresas por eventuais diferenças tarifárias geradas com o desequilíbrio econômico-financeiro que o sistema de concessão enfrenta desde 1997.