A licitação do transporte coletivo prevista para este ano foi adiada pelo governo de Guaramirim para 2014. A comissão que iria elaborar o edital de concorrência pública soube da decisão durante sua primeira reunião de trabalho, realizada na quinta-feira, na Câmara de Vereadores. Formado pelo Conselho de Líderes Comunitários, legisladores e Prefeitura, o grupo foi criado em agosto pelo prefeito Lauro Fröhlich (PSD) em uma audiência pública que cobrou melhorias no serviço.
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Eva dos Santos, 48 anos, moradora da Corticeira, lamentou o adiamento da licitação.
– Vou continuar esperando horas por algum ônibus entre o bairro e o Centro – reclama.
O autônomo Wande Ribeiro, 39 anos, é outro usuário insatisfeito e diz que será obrigado a ficar sem ônibus nos fins de semana. Hoje, as passagens custam R$ 2,75 (bairros do interior) e R$ 2,25 na região central. O presidente da comissão, o secretário de Planejamento da Prefeitura, Ivan Siqueira, afirma que a licitação depende de um estudo, contratado pela Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali), que irá planejar a malha viária de toda a região.
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– A pesquisa deve começar neste ano e terminar em dez meses. Temos que ter, primeiro, o plano para poder fazer um edital de acordo com as demandas do município. Temos que apontar as linhas de ônibus a médio e longo prazo.
Até lá, o serviço deve continuar sendo prestado sem regularização, pois o contrato entre Prefeitura e Viação Canarinho encerrou-se em 2005, sendo renovado por cinco anos.
– Guaramirim seria hoje como um bairro de Jaraguá do Sul – diz o secretário, que sugere enviar uma carta de reivindicações à Canarinho.
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Segundo o gerente de licitações e contratos, Erick Willian Bandeira Thibes, “há documentos sobre uma eventual renovação em 2010, no entanto, os documentos que tenho aqui não estão assinados. Via de regra, não têm validade”.
Para Thibes, novas audiências públicas devem acontecer:
– Estudos deverão ser realizados sobre a necessidade e a viabilidade da nova concessão, para, após isso, conseguirmos lançar um edital que atenda à necessidade da população – acrescenta.
A reportagem tentou contato com a Canarinho, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.