Os três jornalistas detidos há dois dias por terem entrado em uma penitenciária da Venezuela para realizar uma reportagem foram libertados neste domingo, informaram organizações de imprensa e direitos humanos.
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Um tribunal ordenou a libertação do suíço Filippo Rossi, do italiano Roberto Di Matteo e do venezuelano Jesús Medina, informou o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP).
Alfredo Romero, diretor da ONG de defesa dos direitos humanos Foro Penal, que assistiu os jornalistas com seus advogados, confirmou a libertação.
Di Matteo, Rossi e Medina foram detidos na última sexta-feira, após entrarem com equipes de filmagem em Tocorón, no estado de Aragua (norte), segundo o Foro Penal e SNTP.
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Di Matteo trabalha como cinegrafista para o site do jornal italiano “Il Giornale”, para o qual colabora regularmente o jornalista freelancer Rossi. O suíço também trabalhou com o “Corriere del Ticino”.
Medina é repórter gráfico do portal DolarToday, principal referência do mercado paralelo na Venezuela e opositor ao governo.
As chancelarias suíça e italiana informaram ter assistido seus cidadãos.
A prisão de Tocorón, a 135km de Caracas, é uma das mais violentas da Venezuela.
Várias organizações não governamentais denunciaram a superlotação e desnutrição em centros de detenção venezuelanos.
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A ONG Una Ventana a La Libertad estimou em 2016 que as prisões venezuelanas abrigavam 88.000 presos, quando sua capacidade é de 35.000.
O governo da Venezuela afirma que, desde 2011, executa com sucesso um projeto para pacificar os presídios e adequá-los aos padrões internacionais.
* AFP