A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca liberou nesta quinta-feira a comercialização e o consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões cultivados em Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis. De acordo com o órgão, dois laudos comprovaram que não existe mais a presença da toxina diarreica (DSP).

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A interdição continua apenas para a comunidade de Caieira da Barra do Sul, também na Capital, onde segue proibida a coleta, a comercialização e consumo dos moluscos.

Os exames laboratoriais são realizados pelo Laboratório Láqua-Itajaí a partir de amostras colhidas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). As outras áreas de cultivo no Litoral catarinense seguem desinterditadas.

Apesar da desinterdição do restante do Litoral, a Cidasc continua coletando amostras para monitorar a presença da toxina na água ou nos moluscos bivalves. Para a suspensão da interdição da Caieira da Barra do Sul, são necessários dois exames laboratoriais consecutivos e com laudos negativos que atestem que não há a presença de DSP nos moluscos ou na água.

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A toxina é produzida por espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dynophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores. A presença de Dynophysis é conhecida em Santa Catarina e por isso os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Cidasc no Litoral. Os últimos episódios de excesso de DSP no estado foram registrados em 2007 e 2008.

Sintomas em poucas horas

Os sintomas causados pela DSP são diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais e se manifestam em poucas horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação do paciente se dá entre dois e três dias, independente de tratamento médico.

Primeira análise

No dia 22 de agosto, a Secretaria da Agricultura declarou a interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras e mexilhões em Santa Catarina, devido à possível presença de toxinas que causam intoxicação alimentar. Foi comprovada a contaminação nas localidades de Paulas, em São Francisco do Sul; de Ganchos de Fora, em Governador Celso Ramos, e no município de Porto Belo.

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A interdição de todo o litoral catarinense aconteceu para preservar a saúde pública, já que existia a possibilidade de a contaminação dos moluscos bivalves estar ocorrendo de forma generalizada.

No dia 30 de agosto, a Secretaria suspendeu a interdição preventiva das áreas de cultivo de ostras e mexilhões em Santa Catarina, permanecendo interditadas apenas as áreas de Porto Belo. No dia 4 de setembro, a interdição se estendeu também para Governador Celso Ramos.

Porto Belo teve seus cultivos de moluscos desinterditados no dia 12 deste mês e no dia 19 foram novamente interditados. As áreas de cultivo de Balneário Camboriú permaneceram interditadas do dia 23 a 26 de setembro.

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No dia 26 de setembro, o governo interditou a comercialização de ostras e mexilhões em Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis.